A Justiça de São Paulo rejeitou um pedido de medida protetiva ao marqueteiro Duda Lima, assessor na campanha do candidato Ricardo Nunes (MDB) à Prefeitura de São Paulo.
A medida protetiva é um recurso na lei para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar. A solicitação dos advogados de Lima se refere a Nahuel Medina, assessor na campanha do influenciador Pablo Marçal (PRTB).
Medina agrediu Lima com um soco durante debate do Flow Podcast, na última segunda-feira, 23. O evento ocorreu no Clube Sírio, em São Paulo.
Para juíza, não há “ameaças prévias” ao marqueteiro
A juíza Tânia Silveira avaliou que elementos apresentados eram “insuficientes” para a concessão da medida protetiva. Segundo a magistrada, Medina tem endereço fixo, atividade lícita e não sinalizou intenção de fugir, entre outros critérios.
Na decisão sobre o caso, a juíza afirma que não há notícia de “ameaças prévias” nem outros elementos indicativos de perseguição por parte de Nahuel a Duda.
Segundo a assessoria da campanha de Nunes, Duda Lima foi ao hospital, onde recebeu pontos no rosto e fez exame de tomografia. Conforme seus colegas, o soco provocou descolamento de retina.
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Na noite desta quarta, 25, Nunes elogiou o discurso da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia. A magistrada criticou a agressividade na campanha eleitoral de São Paulo.
O candidato à reeleição disse ter preocupação com a postura violenta de Marçal e que o rival vai tomar uma lição nas urnas. “Vai ficar para nós essa cicatriz de alguém que veio criar um ambiente de intriga, discórdia, mentira e incitação de violência.”
O prefeito afirmou que o marqueteiro Duda Lima está “com o olho bem roxo”. “Isso demonstra mais uma vez como estamos lidando com pessoas criminosas.”
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O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que acompanhou o prefeito em uma visita à Associação Comercial de São Paulo, disse que “a postura [de Marçal] é uma ameaça à democracia”.
Tarcísio classificou a situação eleitoral de “pancada covarde”. “É isso que é eleição? É isso que a gente espera de um debate?”. Ele lembrou que, em 2022, apesar da polarização, nos debates contra Fernando Haddad (PT), não houve “agressão, xingamento ou apelido”.
Se eu SP eu vivesse votaria no Marçal.