Paulo Vieira de Souza e Mario Rodrigues Junior teriam recebido R$ 60 milhões da Galvão Engenharia entre 2005 e 2009
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Foto: Robson Fernandes/Estadão Conteúdo
A Operação Lava Jato em São Paulo denunciou nesta terça-feira, 29, Paulo Vieira de Souza e Mario Rodrigues Junior, ex-diretores da Dersa, e outras três pessoas pela lavagem de mais de R$ 60 milhões em propinas recebidas por obras viárias realizadas durante as gestões de Geraldo Alckmin e José Serra, ambos do PSDB. Os ex-governadores paulistas não foram denunciados.
Os investigadores apontam que havia um cartel de empreiteiras no Estado especializado em fraudar licitações, dividir lotes de obras e maximizar lucros com anuência do poder público. Há suspeitas de irregularidades na construção do Rodoanel, na ampliação da Avenida Jacu-Pêssego e na duplicação das marginais Pinheiros e Tietê.
Desta vez, a força-tarefa demonstrou que os diretores Souza e Rodrigues Junior usavam contas na Suíça abertas em nome de offshores para receber pagamentos ilícitos do Grupo Galvão Engenharia. O dinheiro era enviado pelo diretor da empresa, Rubens Goulart Pereira, e gerido com a ajuda de Cristiano Goulart Pereira, irmão de Rubens, que trabalhava no mercado financeiro suíço.
A então mulher de Mário Rodrigues, Andrea Bucciarelli Pedrazzoli, também é acusada de receber parte dos recursos.
Era PT, Estado e corrupção sempre de braços dados.