Deputado Luiz Paulo (PSDB) não esperava decisão do STF a favor do governador do Rio de Janeiro
Por causa de decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o processo de impeachment contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), voltou à estaca zero. Divulgado na noite de segunda-feira, 27, o parecer do ministro surpreendeu o autor do pedido de cassação do mandato do governante fluminense.
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Responsável pelo pedido que estava em análise em comissão especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Luiz Paulo confessa: não esperava que instâncias superiores do Poder Judiciário tomassem decisão favorável a Witzel. De acordo com o deputado estadual, a defesa do governador “não se sustenta”.
Com a decisão de Toffoli, a comissão composta por 25 integrantes da Alerj será dissolvida. Isso porque no entendimento do ministro do STF, o parlamento fluminense não seguiu o rito correto. Em vez de contar com um deputado por partido, era — e será — preciso fazer jus à proporcionalidade das bancadas na Casa. Ou seja: uma nova comissão terá de ser formada para avaliar o processo de impeachment.
“Com mais tempo, há chances de mais denúncias serem reveladas”
O parlamentar tucano, entretanto, ainda acredita que Witzel chegará derrotado ao fim do processo. Luiz Paulo, que já havia registrado a crença pela perda do mandato do ex-juiz federal, reforça esse pensamento. “O tempo joga contra o governador”, diz Luiz Paulo em contato com a Oeste. “Com mais tempo, há chances de mais denúncias serem reveladas contra ele”, complementa.
Nova comissão
Luiz Paulo adianta que a Alerj deve definir nesta semana os procedimentos para a composição da nova comissão especial que terá como responsabilidade analisar o pedido contra Wilson Witzel. Nesse sentido, ele observa que, para seguir a ordem imposta pelo presidente do STF, é capaz que a comissão conte com até 35 integrantes.
Todos os vereadores votaram a favor do impeachment. Ou seja, monte a comissão que for, o resultado será o mesmo. A menos que role uma conversinha boa, como diz um famoso e odiado ministro.
Nenhuma novidade!
O supremo não se cansa de envergonhar o Brasil.