O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado, 2, que o Brasil vai participar do grupo Opep+, mas não vai “apitar nada” nas decisões do bloco formulado pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).
O petista argumentou que a participação brasileira no grupo é importante para convencer países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis. Lula participou de um encontro com a sociedade civil durante a Cúpula do Clima (COP28) da Organização das Nações Unidas (ONU), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
“Muita gente ficou assustada com a ideia de que o Brasil iria participar da Opep”, disse o presidente. “O Brasil não vai participar da Opep, vai participar da Opep+.”
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De acordo com Lula, o Brasil não irá interferir nas decisões do grupo. “Vou lá, escuto, só falo depois que eles tomarem a decisão e venho embora”, observou. “Não apito nada. Acho importante a gente participar da Opep+, porque precisamos convencer os países que produzem petróleo de que eles precisam se preparar para reduzirem os combustíveis fósseis.”
O presidente disse que é preciso usar o dinheiro gerado pelo lucro do petróleo para desenvolver tecnologias de produção de energias renováveis. Argumentou também que, para obter o objetivo de reduzir os usos de combustíveis fósseis, é preciso passar por interesses de vários países e desenvolver alternativas. “Porque, se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis.”
Conforme o petista, “acabar com os combustíveis fósseis é um desejo”. “Chegar lá é uma guerra, uma luta”, acrescentou.
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Segundo Lula, o Brasil será o “carro-chefe” da transição energética global. Ele afirmou que o Brasil tem feito sua parte e, por isso, poderá cobrar outros países.
A expectativa é que Lula tenha pelo menos quatro reuniões bilaterais nos próximos dias, uma delas com o presidente da França, Emmanuel Macron. Além das bilaterais, o petista participa de uma reunião do G-77+China, que reúne os países em desenvolvimento, sobre mudança do clima. O presidente também estará em um evento sobre florestas, que tem sido a grande pauta do Brasil nesta COP.
Na última sexta-feira, em discurso na sessão de abertura da COP28, Lula afirmou que os países reduzam sua dependência dos combustíveis fósseis e cobrou países ricos para que financiem medidas de adaptação à mudança do clima nos países em desenvolvimento.
“O balanço geral do Acordo de Paris está dizendo que o que foi feito até agora é insuficiente, mas é insuficiente da parte de quem?”, perguntou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. “Precisamos acelerar a parte de quem ainda nao está fazendo.”
O país do faz de conta de Marina Silva
Uma semana antes, durante audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, Marina afirmou que o Brasil chegaia à COP28 “de cabeça erguida”. Até 12 de dezembro, a conferência vai reunir cerca de 200 países, que mostrarão os resultados obtidos no combate às “mudanças climáticas” nos últimos anos e apresentarão novos planos para ampliar esse enfrentamento. Entre os itens na pauta, o Brasil, que levou uma comitiva de 13 ministros de Estado e dezenas de parlamentares, fez um apelo por mais recursos para o Fundo Amazônia, que hoje já tem R$ 4 bilhões em seu caixa, e apresentará os “avanços alcançados” na política ambiental pela administração do PT.
Na oitiva, Marina se gabou de um grande trunfo a ser apresentado: em menos de um ano, o presidente Lula teria conseguido reduzir 22% do desmatamento na Amazônia, apesar de ter recebido do governo anterior “uma terra arrasada”, na qual políticas ambientais “sofreram desmonte”. Marina, contudo, não mencionou que a queda vem desde agosto de 2022, sob Bolsonaro. Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) abrangem o oitavo mês daquele ano e julho de 2023.
Leia a reportagem completa: “O país do faz de conta de Marina Silva”, publicada na Edição 193 da Revista Oeste
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
O Brasil não apita nada em política internacional
É um anao diplomático e um narcoestado
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