O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu, nesta quinta-feira, 30, que não fará “bravata” para abaixar o preço dos alimentos no país. O governo federal tem feito reuniões para definir medidas sobre o tema.
A fala do petista foi feita durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. “Eu não tomarei nenhuma medida daquelas que são bravata”, disse. “Não vou estabelecer nada que possa favorecer o surgimento de mercado paralelo.”
Ele disse ainda que vai se reunir com empresários e produtores e descartou medidas heterodoxas, sem mencionar a ideia de taxar exportações do agro que foi defendida por ala do Partido dos Trabalhadores (PT). A legenda acredita que essa pode ser uma alternativa para conter a inflação desses produtos.
Lula citou a alta de alguns alimentos específicos, entre eles a picanha, uma das marcas de sua campanha eleitoral. Ele prometeu que todo brasileiro poderia comer picanha e tomar uma “cervejinha” no fim de semana.
Ainda na coletiva, o presidente ainda defendeu maior financiamento para a agricultura familiar no país. Segundo ele, o aumento do preço dos alimentos é “sempre muito ruim” porque aflige as pessoas mais pobres.
Lula aposta no aumento da oferta de produtos
Na última sexta-feira, 24, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que Lula determinou que a pasta discuta um novo Plano Safra para estimular a produção agropecuária. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também informou que a estratégia adotada pelo governo será apostar em aumentar a oferta de produtos para reduzir o preço a partir da regra de concorrência de mercado.
Outra estratégia que vem sendo estudada pelo governo é reduzir as alíquotas de importação sobre alimentos que estejam mais caros no mercado doméstico do que no exterior.
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Em entrevista a Oeste o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que os preços dos produtos brasileiros seguem os padrões mundiais. “O agro faz sua parte ao produzir com qualidade e quantidade, apesar dos desafios econômicos, que aumentam os custos de produção e diminuem a competitividade.”