O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em agosto, durante encontro da cúpula dos Brics, na África do Sul. A reunião dos dois presidentes foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em entrevista para a agência estatal russa RIA Novosti.
Vieira lembrou que Lula e Putin entraram em contato duas vezes desde a eleição do petista, em outubro do ano passado. Além disso, o enviado especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, já se encontrou com o líder russo para discutir a guerra na Ucrânia. O ministro do petista também defendeu a entrada da Argentina nos Brics.
“A Argentina está entre os 13 integrantes do grupo ‘Amigos dos Brics’ que manifestaram interesse em ingressar no grupo durante a recente reunião de chanceleres”, argumentou Vieira. “É um parceiro estratégico do Brasil, que conta com nosso apoio no possível cenário de ampliação.”
Além da Argentina, o ministro argumentou a favor da entrada da Bolívia no Mercosul. Mauro Vieira ainda afirmou ter planos de aprofundar as relações bilaterais com a Rússia.
“O Brasil pretende desenvolver o diálogo com a Rússia e respeitar o calendário já estabelecido de consultas políticas”, disse o chanceler. “Vamos também fortalecer a troca de opiniões em fóruns internacionais e em organizações como ONU, G20, que o Brasil presidirá ano que vem.”
Guerra na Ucrânia
O ministro condenou as sanções unilaterais contra a Rússia no âmbito da guerra na Ucrânia e reconheceu apenas os posicionamentos do Conselho de Segurança da ONU sobre o tema. Vieira também considerou fazer uso do sistema de pagamento russo.
“O Brasil está muito interessado na possibilidade de usar moedas locais no comércio com nossos principais parceiros no mundo e está discutindo esse assunto com alguns deles”, afirmou. “Por exemplo, com a Argentina, já temos um mecanismo que oferece essa oportunidade aos operadores de comércio exterior. Mas também sabemos que esses processos são demorados e envolvem órgãos como os Bancos Centrais devido à sua complexidade técnica.”
O posicionamento do ministro de Lula endossa as críticas recebidas pelo petista de países ocidentais em relação ao posicionamento do presidente sobre a guerra na Ucrânia. Em abril, o petista sugeriu aos ucranianos renunciar ao território da Crimeia, anexado pelo governo da Rússia, em 2014, com o objetivo de tentar finalizar a guerra iniciada pela Rússia.
O comentário pró-Rússia de Lula causou controvérsia no cenário externo. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que Lula “repete a propaganda russa e chinesa como papagaio sem olhar para os fatos”.
Ele vai levar o Brasil à falência.
Esse descondenado, criminoso de SBC, agora quer se tornar o salvador do planeta.