O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira, 7, que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) não pode ficar “alheio” à crise entre a Venezuela e a Guiana, na disputa territorial pelo território de Essequibo.
Lula abriu a Cúpula do Mercosul no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, em meio à escalada do conflito. “Estamos acompanhando com preocupação a situação no Essequibo”, disse o presidente, ao acrescentar que esse tema não deve “contaminar” a agenda da integração regional, defendida pelo Brasil durante a conferência.
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O presidente sugeriu que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) deve dialogar com os dois lados do conflito e se colocou à disposição para receber as reuniões em Brasília. “Vamos tratar esse assunto com muito carinho, porque o que não queremos na América do Sul é guerra”, disse. “Não precisamos de conflito, precisamos construir a paz.”
Nesta quarta-feira, 6, no encontro de autoridades que antecedeu a cúpula, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu a importância do bloco para a manutenção da paz no continente. “Num mundo conturbado por tantos conflitos, é sempre importante lembrar a contribuição do Mercosul para que a América do Sul constitua hoje a zona de paz mais extensa do mundo”, disse o chanceler, que logo depois se reuniu com Lula e com o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim.
A disputa por território na fronteira Norte do Brasil escalou nesta semana, quando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou a criação do Estado da Guiana Essequiba e montou um plano de exploração de petróleo para área de 160 mil quilômetros quadrados. O território equivale a 75% do território do país vizinho.
Por que Lula está preocupado com o conflito entre a Guiana e a Venezuela
O professor de relações internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) e colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Oliver Stuenkel, destacou em sua coluna que a votação é meramente simbólica. “O plebiscito é uma manobra clássica para inflamar o nacionalismo antes das eleições em 2024”, escreveu. “Cientes do risco de serem rotulados de traidores da pátria se criticassem a estratégia esdrúxula de Maduro de priorizar a retomada de Essequibo, oposicionistas não viram outra opção a não ser apoiar o autocrata venezuelano nesse quesito específico.”
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De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, 95% da população optou pelo “sim” no plebiscito. Elvis Amoroso, presidente do órgão, informou que 10,5 milhões de pessoas participaram do pleito — uma adesão muito baixa à consulta, em um país que tem uma população eleitoral de 20,7 milhões de pessoas
A crise econômica da Venezuela e as concessões feitas por Maduro para a participação da oposição nas eleições marcadas para o ano que vem fizeram com que o regime buscasse meios para tentar oxigenar o seu movimento, avalia o professor de relações internacionais Leonardo Trevisan, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “Este plebiscito teve esse papel, de mobilizar a população. A existência de um inimigo externo é sempre um fator mobilizador”, acrescentou.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
O lula como sempre caprichando em seu papel de palhaço internacional, totalmente desligado do mundo real, vivendo sua lua de mel em passeios internacionais que finge serem de interesse do Brasil. O quê esse morto-vivo desse “mercosul” tem a ver com isso? A Guiana não faz parte desse grupelho e a Venezuela que já fez parte por conta da esquerda, está suspensa. A Argentina está muito pouco interessada do tal do “mercosul” e os dois países restantes, além do brasil do lula, são de viés conservador. Só o lula não entende que esse mercosul, como ele próprio, não representam nada.