Parece um assunto de somenos, mas não é. Nesta semana, enquanto circulava no saguão do Palácio do Planalto, em dia de agenda vazia, aparentemente, Lula criticou as legendas da galeria de retratos dos presidentes que o Brasil já teve. Ela fica em um área do palácio aberta a visitação pública.
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Entre tantas autoridades brasilienses que se arrogam o papel de editores da nação, Lula também quer editar as legendas, que trariam poucas informações, segundo ele.
“O que eu quero é que conte a história: a Dilma foi eleita, foi reeleita, depois sofreu impeachment, foi um golpe. Depois, esse aqui [Michel Temer] não foi eleito, tomou posse em função do impeachment da Dilma. Depois, esse aqui [Jair Bolsonaro] foi eleito em função das mentiras. É isso que tem que contar, a pessoa tem que saber o que aconteceu no país”, disse Lula.
Com muita graça e elegância, ele completou o seu raciocínio admirável:
“A única coisa que eu quero é que a pessoa quando vem aqui, ao olhar a cara do presidente, saiba o que aconteceu com cada um. Por exemplo, tem presidente aqui que está a fotografia que ficou um dia só na presidência [Carlos Luz, que ficou três dias]. Se a gente não explicar, ninguém sabe”, afirmou o presidente da República, do alto da sua proficiência histórica.
Não finjamos ingenuidade. Ao querer que se diga que Dilma Rousseff sofreu um “golpe”, do qual Michel Temer foi beneficiado indevidamente, como se não tivesse sido eleito na chapa com a petista, e que Jair Bolsonaro foi eleito “em função de mentiras”, como se dezenas de milhões de eleitores fossem cretinos manipuláveis, Lula não quer informar nada. Quer é desinformar, impondo a versão fantasiosa do PT para a história recentíssima do Brasil.
Lula e a visão de história do PT
Os editores da nação (todos eles, não só os petistas) já não exibem nenhum pudor em falsear os fatos. Exemplo maior é a lorota de que a Lava Jato foi uma fraude e que, consequentemente, Lula se viu preso por perseguição política, uma vez que é a alma mais honesta que este país já teve — o que, imagino, deverá constar da legenda da sua foto como presidente de terceiro mandato a ser exposta na galeria do Palácio do Planalto, se a visão do PT vier a prevalecer.
A histeria, mas com método, em torno das fake news pontuais difundidas pelas redes sociais é encobridora de uma ação de gravidade imanente em curso nas instituições políticas e universitárias brasileiras: a falsificação histórica típica de regimes autoritários que se autoproclamam democráticos. É o que o ditador Nicolás Maduro faz na Venezuela, para ficarmos em outro exemplo atual.
Respondendo ao Sr Leonardo : Voltaram ao poder e o Sistema segue a todo vapor.
Diz o provérbio milenar que “quando o navio afunda, os ratos são os primeiros a abandonar o barco”. Resta saber o que acontece com os ratos depois de abandonarem o navio? Uma fábula edificante:
“Estavam os ratos muito bem alimentados, com inúmeros queijos a sua disposição nos porões do navio. E o navio navegava triunfante sobre as águas do Oceano. Estavam todos felizes, ratos e não ratos, num convívio segundo a distribuição dos espaços e dos comes e bebes. Em paz e conciliados. Era um navio de conciliação, de paz e de amor. Interesses conflitantes que apareciam vez por outra, era imediatamente apaziguado com o aumento da ração, para os ratos; dos poderes e espaços para os tripulantes superiores; de comes e bebes para os tripulantes inferiores, às vezes à farta, às vezes mais moderadamente. E todos iam à despensa e abasteciam-se e nunca deixaram de se abastecer, até para repor forças para caminhadas longas, carregando alguns, alguns pesos!
Mas um dia… Sempre há um dia! O mar se revoltou. Não queria mais sustentar o peso do navio. E as ondas, bem orientadas pelo mar, começaram a avançar sobre o navio. E navio soçobrou. Capitão e oficiais davam ordens conflitantes, abagaçados. Cada um a sua maneira queria salvar o navio e sua própria pele. E o navio soçobrava. E as ondas aumentavam, parecia que vinham até do exterior do mar, pelos ventos do norte e elevavam as ondas sem discrição alguma. O vento ajudado pela força das águas locais, isto é, próximas ao navio, forçavam para que o navio adernasse.
E os tripulantes superiores viram com horror que os ratos abandonam os navios. Seguindo a sabedoria milenar, “os ratos são os primeiros a abandonar o navio”. Os tripulantes mais inferiores, incitados por alguns superiores, tomaram o convés aos gritos e aos reclamos. Os comes e bebes já não faziam mais efeito salutar. Queriam a mudança do capitão para entregar o navio à sabedoria dos ratos mais gordos, mais sábios, aquelas ratazanas mais velhas e mais experimentadas.
E os ratos mesmo, aqueles bem ratos, por aclamação e sem reclamação, se foram para as águas revoltas do mar.
E o mar se acalmou. Tomou rumo certo. Os tripulantes inferiores voltaram a seu redil, isto é, aos seus comes e bebes. E os superiores, mais experientes agora, decidiram que não bastavam comes e bebes, era preciso repensar o destino e rever os horizontes, distribuindo também poderes e espaços de forma mais adequada.
Mas a curiosidade ficou: que aconteceu com os ratos no mar ainda revolto? Aqueles que abandonaram o navio terão forças para voltar a ele a nado? Ou teriam sucumbido na boca aberta dos tubarões, engolidos e deglutidos? Ou simplesmente morrem afogados os ratos que primeiro abandonam o navio? Ah! Isto o ditado não explica. Só diz que eles são os primeiros a abandonar o navio. O que lhes ocorre nas águas a que se lançam, a gente não sabe. O mais provável é que não sobrevivam, e aqueles que por acaso sobreviverem, tentarão desesperadamente retornar aos bons tempos dos seus queijos. Alguns delcídios abandonam o navio e depois são recebidos de volta, por pura ingenuidade, e estes delcídios voltam a comer bons queijos. Mas são poucos os assim sortudos. E não podemos afirmar com certeza o que acontece com a maioria dos ratos fujões.”[1]
Como moeda de troca para obtenção da liberdade – não se julga ninguém por desejar o bem mais precioso da humanidade – delatores são capazes de entregar a própria mãe para seus algozes. Impressiona o fato de que em nome da punição de alguns, o Estado “abra mão” de punir os delatores (nova causa de extinção da punibilidade).
Algumas perguntas no que se refere a “colaboração premiada” continuam sem resposta, pelo menos resposta que satisfaça o direito e o processo penal democrático:
i) Por que os delatados, quando da pratica do mesmo crime, são punidos mais severamente que os delatores?
ii) Será o corruptor menos nocivo que o corrompido? Pelo menos, de acordo com o Código Penal a pena para o crime de corrupção passiva (art. 317 do CP)é a mesma do crime de corrupção ativa (art. 333 do CP), reclusão de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Para se livrarem da prisão e de uma pena exacerbada, empresários, marqueteiros, secretários, advogados etc. violam – com ou sem justa causa – segredos profissionais. Observa-se que até então, a violação do segredo profissional “sem justa causa” (elemento normativo do tipo) é crime previsto no artigo 154 do Código Penal. Mas em nome da delação – eufemismo de traição – tudo passa a ser permitido e até incentivado pelos “rapazes” das Forças Tarefas.
No que diz respeito ao valor dado a palavra do delator, o eminente processualista Jacinto Nelson Miranda Coutinho salientou que:
O pior é que o resultado da delação premiada – e talvez a questão mais relevante – não tem sido questionado, o que significa ter a palavra do delator tomado o lugar da “verdade absoluta” (como se ela pudesse existir), inquestionável. Aqui reside o perigo maior. Por elementar, a palavra assim disposta não só cobra confirmação precisa e indiscutível como, por outro lado, deve ser sempre tomada, na partida, como falsa, até porque, em tais hipóteses, vem de alguém que quer se livrar do processo e da pena. Trata-se, portanto, de meia verdade, pelo menos a ponto de não enganar quem tem os pés no chão; e cabeça na CR.
Ainda, em relação especificamente à palavra de corréu ou cúmplice como meio de prova – podendo ser aplicada ao delator – valiosa é a lição de Mittermayer em seu tratado de provas em matéria criminal, in verbis:
O depoimento do cúmplice apresenta graves dificuldades. Têm-se visto criminosos que, desesperados por conhecerem que não podem escapar à pena, se esforçam em arrastar outros cidadãos para o abismo em que caem; outros denunciam cúmplices, aliás inocentes, só para afastar a suspeita dos que realmente tomaram parte no delito, ou para tornar o processo mais complicado ou mais difícil, ou porque esperam obter tratamento menos rigoroso, comprometendo pessoas colocadas em altas posições.
E assim, de delação em delação, os ratos vão aparecendo e abandonando o navio. No momento eles vão escapando da ratoeira, com astúcia, com cinismo, com malandragem – alguns até esboçam um sorriso entre os lábios – por medo, por covardia ou por vingança. Contudo fica a pergunta: o que acontecerá com os ratos depois de abandonarem o navio?
Leonardo Isaac Yarochewsky é Advogado Criminalista.
Informações a serem escritas onde se tem as fotografias do mandatário: condenado em três instâncias a 9 anos de prisão por estruturar o maior esquema de corrupção no país.
Você concede um diploma a um analfabeto, ele acha que é um letrado.
O CONDENADO por UNANIMIDADE em TRÊS INSTÂNCIAS é o PAI DA MENTIRA, o que não é novidade nenhuma.
Esse gatuno , preso por roubo foi o único presidente a ir pra cadeia por roubo, solto por um advogado que virou juíz e pelo STF composto por advogados que envergonharam o país e desprezaram a constituição para colocar o ladrao no poder usando urnas eletrônicas manipuladas. Isto é que será colocado na foto mesmo após sua morte
O maior farsante da História passeia entre os comparsas.
A mentira é o ar que ele respira.