O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aceitou visitar um assentamento de reforma agrária no início do ano, atendendo a uma demanda do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a data da viagem ainda está sendo definida, mas deve ocorrer entre o final de janeiro e o início de fevereiro. O local também está sendo estudado.
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Desde que assumiu o cargo, há dois anos, o presidente ainda não visitou nenhum assentamento, o que tem gerado críticas por parte do MST, reforçadas depois de declarações de suas lideranças em dezembro.
A entidade vem subindo o tom contra o governo Lula e reclamando do desempenho do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra.
Entre as principais queixas estão a demora no processo de assentamento das famílias e a falta de recursos destinados à compra de alimentos provenientes da agricultura familiar.
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Por outro lado, o ministério argumenta que possui uma lista de realizações, incluindo desapropriação e aquisição de terras, além do aumento de recursos para assistência técnica aos pequenos agricultores.
MST promete invasões em 2025 em meio à insatisfação com Lula
O MST cobrou em dezembro uma visita do presidente Lula aos assentamentos. O movimento reforçou suas críticas à falta de avanço na reforma agrária e prometeu invasões pelo país em 2025.
Em seu balanço anual, a direção do MST, que tem feito críticas frequentes à gestão petista, afirmou que apoia o governo. No entanto, cobrou principalmente a entrega de novos assentamentos e mudanças na agenda política e de comunicação.
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“Não entenda como uma crítica”, disse João Paulo Rodrigues, dirigente do MST. Contudo, não é razoável que em dois anos o presidente Lula não visite nenhum assentamento.”
No início de dezembro, em protesto à política agrária do governo Lula, o movimento fez invasões primeiramente no Rio Grande do Sul e depois no Pará.
O líder nacional do movimento, João Pedro Stedile, foi duro. Disse que a organização se cansou de promessas e chamou de “vergonhosa” a gestão da reforma agrária.
Vergonhosa e a gestão de presidente empossado