Presidente da Câmara não vê problemas em apoio entre Bolsonaro e aliados investigados, mas critica manifestações e grupos radicais como o ‘300 do Brasil’. “Uma coisa é apoiador, outra coisa é vândalo que ataca as instituições, ameaça ministros do Supremo e parlamentares”
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou a relação entre a investigação da Polícia Federal (PF) a aliados do governo com o presidente Jair Bolsonaro. Para ele, apoiadores têm todo o direito de criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), o Parlamento e defender o Executivo.
A crítica de Maia, contudo, foi concentrada em quem promove atos antidemocráticos e inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e o STF, e ataca os poderes constituídos. “Uma coisa é apoiar uma manifestação onde a maioria das pessoas vêm com intuito de exatamente apoiar ou criticar os políticos e as instituições, isso é da democracia. Agora, alguns utilizam as manifestações para tentar criar um ambiente de ódio, de confronto, de ameaça”, criticou, nesta terça-feira, 16.
O auge dessas manifestações mais radicais ocorreu no sábado, avaliou Maia, quando um grupo de pessoas simulou um ataque ao STF. “Aquela cena absurda, lamentável, de fogos sendo mirados acima do Supremo Tribunal Federal. São coisas diferentes. Uma coisa é apoiador, outra coisa é vândalo. E o vândalo, aquele que ataca as instituições, ameaça os ministros do Supremo e os parlamentares, precisa de outro tipo de ação por parte do Judiciário brasileiro”, ponderou.
Não à toa que Maia acredita que as investigações por parte da PF estejam associadas para investigar os “vândalos”. Para ele, é nessa linha que vão as decisões do STF e do Judiciário. “E as próprias decisões do governador [do Distrito Federal] Ibaneis, que, mais uma vez, parabenizo pela decisão de desmobilizar aquele acampamento absurdo que tinha perto da Praça dos Três Poderes”, avaliou.
União
O presidente da Câmara ponderou, ainda, que, de forma alguma, o governo adota o tom de quem ameaça, incita o ódio e defende manifestações antidemocráticas. Maia reconhece que, por vezes, Bolsonaro participou de manifestações onde algumas pessoas ostentavam faixas com pautas antidemocráticas. Ele não usou isso, entretanto, como argumento para taxar o presidente de antidemocrático. “Ele não carrega a faixa”, sustentou.
Para Maia, é constrangedor o presidente ir a manifestações em que alguns defendem pautas como o fechamento dos poderes. Mas ressalta que Bolsonaro nunca defendeu isso. “O presidente nunca falou a favor daquelas faixas e, em algum momento, começou a ter o cuidado de não estar participando de manifestações onde essas faixas estavam expostas. Acho importante que todos tenham o mesmo objetivo neste momento, a união do país, dos Três Poderes, das liberdades”, disse.
É para ficarmos apreensivos. Hoje é isso, amanhã virá o que?
A turma do botafogo ganhou um ministério e esse já baixou o tom contra o Bolsonaro.
Por hora ele está saciado…. vamos ver até quando ele vai aguentar sem pedir mais…