Presidente da Câmara teme que pressão sobre máquina pública em ano pré-eleitoral —2021 — dificulte aprovação de proposta
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu novamente nesta quinta-feira, 23, que o governo mande sua proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre a reforma administrativa ainda neste ano.
Para Maia, se o governo deixar para encaminhar a PEC em 2021, muita pressão incidirá sobre a máquina pública, e a proposta dificilmente passará.
“Se não fizermos isso, vamos ter uma pressão muito grande de descontrole total do gasto público, porque, se não abrirmos, pelo menos nos próximos anos, um espaço para a redução da despesa pública e melhorar a qualidade desse gasto, começaremos a ver a pressão para usar a PEC da Guerra para botar investimento para o próximo ano”, afirmou ele durante videoconferência sobre o tema com os economistas Armínio Fraga e Ana Carla Abrão
Segundo o presidente da Câmara, existe uma “janela” de 12 meses para a aprovação da reforma. Depois desse período, o debate eleitoral pode inviabilizar o processo.
“Eu disse que temos 12 meses para fazer as coisas, porque, se apresentar uma reforma em 2021: ‘esquece’. A Casa revisora vai fazer as contas e ver que terá que votar no segundo semestre de 2021. E aí, esquece, ninguém vai votar nada no segundo semestre de 2021”, admitiu
O governo, que ainda não deu encaminhamento a uma proposta de reforma administrativa, afirma que apenas futuros servidores deverão ser afetados por ela. Um dos aspectos mais importantes recai sobre a estabilidade dos futuros funcionários.
Maia disse que falou sobre o tema com o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante um almoço na semana passada, e que ainda que vai conversar com o deputado Arthur Lira (PP-AL) sobre a reforma.
O objetivo é convencer líderes partidários a levar a questão para o presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Falei para ele [Paulo Guedes] para reunir um grupo de líderes e pedir para o presidente mandar a proposta. Independentemente de ser, ou não ser, a melhor proposta – não conheço direito a proposta do governo – acho que é preciso fazer o debate”, concluiu o presidente da Câmara.
A origem da proposta é nobre: adiantar a votação de medidas que diminuam a gastança pública. Mas, vim de quem vem, fico buscando a pegadinha, a coisa podre por debaixo… Não confio no Rodrigo “Botafogo” Maia.
Não posso acreditar que o Rodrigo Maia esteja preocupado com o gasto da máquina pública, afinal “Botafogo” é o codinome atribuído a ele nas planilhas de propina da Odebrecht (propina oriunda de dinheiro público). Q comovente, acho q vou chorar kkkk. A jogada dele é muito simples, quase infantil. Quer receber a PEC ainda neste ano, pq ele ainda é o presidente da Câmara e terá força para deformar tudo na proposta ou sentar-se em cima dela e manter o governo de mãos atadas. E ainda ameaça dizendo que nada será votado no 2º semestre de 2021. Pq? Haverá férias de 6 meses na Câmara? Espero que Bolsonaro não caia nessa e apresente essa importante PEC em 2021, quando teremos a chance de ver uma presidência alinhada com o governo.