
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rejeitou a ideia de reduzir salários de servidores. O que ele argumentou, nesta terça, 31, ser algo na linha do ponto de vista defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é visto pelo funcionalismo como um gesto aos servidores.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), apresentou um projeto que propõe a redução entre 20% a 50% de quem recebe acima de R$ 10 mil no serviço público. A medida valeria para servidores da União e parlamentares. Hoje, sinalizou o recuo. Continua sendo a favor, mas prega uma trégua.
A lógica do demista é não se desgastar sozinho. Afinal, a pressão é grande. Várias entidades representantes de categorias do funcionalismo reiteraram posicionamento contrário à proposta. A exemplo do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União (SindiMPU), que sugeriu a destinação de recursos dos fundos partidário e eleitoral, e do Fundo Soberano.
Pressão interna
Internamente, servidores comissionados e efetivos do Congresso também fizeram movimentos de pressão. O argumento é de que as bancadas estaduais destinaram suas verbas parlamentares ao combate ao coronavírus. Afinal, o movimento do Congresso era visto com receio.
Alguns servidores questionavam se a defesa pela redução de salários não estava sendo mascarada sob a alegação do coronavírus para, futuramente, manter após a crise. Aliados de Maia, contudo, refutam a ideia e sustentam que essa discussão virá após a crise por meio da reforma administrativa.
Tem que diminuir sim os salários dos políticos!
Érico
Antes pouco do que nada. A crise só está começando. A galinha dos ovos de ouro, que é o setor privado que abastece o Estado, vai por menos ovos, e pode até ficar impossibilitada de pô-los. Não pode haver anti-patriotismo neste cenário.
Que se tire de quem tem SOBRANDO e não investe movimentando a economia: bancos e bilionários.
Por quê será que esses sempre são poupados?…
E o salário gordo dos políticos nada né!
Quem sofreria menos com essa redução seriam os próprios políticos. Afinal, duvido que a grande maioria deles viva dessa remuneração.