Marco Cepik, diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pediu demissão nesta segunda-feira, 10. A decisão se deu “motivos pessoais”.
Cepik atuou como diretor da Escola de Inteligência de 2023 a 2024. Como professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, ele pretende retomar seus projetos acadêmicos.
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A saída ocorre no contexto do término das investigações da Polícia Federal (PF) sobre a suposta existência de um grupo paralelo na agência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em janeiro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o então diretor-adjunto do órgão, Alessandro Moretti. Na ocasião, o petista escolheu Cepik para substituir o posto.
Rodrigo de Aquino, atual secretário de Planejamento e Gestão da Abin, vai assumir o cargo. Segundo o órgão, a transição deve ocorrer ainda em março.
Aquino desempenhou funções como oficial de Ligação para o Joint Interagency Task Force South, força-tarefa do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos.
Ele também foi diretor dos Departamentos de Contraterrorismo e Ilícitos Transnacionais, além de Inteligência Estratégica.
A suposta “Abin paralela”
No início do ano passado, Cepik afirmou que a PF descobriu indícios da existência de uma suposta “Abin paralela” durante a gestão de Bolsonaro. As investigações apontam que ela tinha o objetivo de monitorar adversários e atuar por interesses políticos e pessoais do ex-presidente e de seus filhos.
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