O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na Avenida Paulista, vai ser reformado, a partir da segunda-feira 22. Trata-se da primeira restauração desde que o prédio foi inaugurado em 1968.
A programação do museu não será interrompida. O vão do Masp, contudo, ficará fechado. Dessa forma, as feiras de antiguidades serão removidas temporariamente.
Reforma do Masp
O projeto inclui a restauração e a repintura dos pilares e das vigas do lado de fora, além da vistoria e da restauração da laje. A reforma deve durar pelo menos seis meses. A restauração pretende manter a arquitetura original, mesmo que com aparência renovada.
O Masp é um dos principais cartões-postais da capital paulista. Somente no ano passado, o museu recebeu mais de 500 mil visitantes, aumento de 21% em comparação com o ano anterior.
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No local onde atualmente fica o museu, antes da construção, existia o Belvedere Trianon. O espaço era destinado para festas e bailes com uma enorme cobertura com vista para a Avenida Nove de Julho e o Centro da cidade.
O Belvedere Trianon foi demolido para levantar um pavilhão que sediaria a 1ª Bienal de Arte de São Paulo. O terreno onde ficava esse espaço teria sido doado para a prefeitura da capital.
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Inicialmente, sustentava-se a tese de que, por testamento, foi exigido pelo doador que qualquer construção levantada no local precisaria ter vista para o centro da cidade.
A arquiteta Lina Bo Bardi, que chegou ao Brasil em 1946, se interessou pela nova sede e entregou um projeto ao administrador do museu na época. A exigência da vista para o centro se manteve.
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A tese é do historiador italiano e especialista em arquitetura brasileira, Daniele Pisani, que, em 2019, publicou um livro alegado que a exigência teria sido inventada por Lina e Pietro Maria Bardi (marido de Lina).