O governo argentino anunciou a dissolução da Agência Federal de Inteligência (AFI) e a reestruturação do sistema de inteligência do país. A decisão, que veio a público na noite desta segunda-feira, 15, pretende a combater espionagem interna, tráfico de influência e perseguição política.
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De acordo com o comunicado que partiu do gabinete do presidente Javier Milei, a AFI era usada em governos anteriores para a prática de “atividades espúrias”.
Para substituir o órgão, Milei pretende reinstaurar a Secretaria de Inteligência do Estado (Side). A pasta havia sido suprimida em 2015, durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner.
O atual controlador da agência de inteligência, Sergio Neiffert, vai continuar à frente da Side, que agora vai se reportar diretamente ao presidente da República. Além disso, a Side terá o papel de supervisionar quatro novas agências criadas com o objetivo de transformar e modernizar o sistema de inteligência.
El Presidente Javier Milei ha ordenado la disolución de la Agencia Federal de Inteligencia (AFI) a partir de los resultados obtenidos en el marco de la intervención de la agencia que tuvo lugar el pasado 12 de diciembre de 2023. En su lugar, el órgano rector del Sistema de… pic.twitter.com/c9vdowJ4X3
— Oficina del Presidente (@OPRArgentina) July 16, 2024
A ideia é promover a excelência e o profissionalismo no Serviço de Inteligência Argentino (SIA), na Agência de Segurança Nacional (ASN), na Agência Federal de Cibersegurança (AFC) e na Divisão de Assuntos Internos (DAI).
Objetivos com o fim da Agência Federal de Inteligência
Essas mudanças estruturais, conforme o comunicado, vão permitir a consolidação de uma visão estratégica e moderna. Isso deve garantir o equilíbrio entre os diferentes órgãos e afastar interesses pessoais, partidários ou contrários ao engrandecimento da nação.