O Ministério Público (MP) denunciou o deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado Da Cunha, pelos crimes de lesão corporal, ameaça e dano qualificado contra a nutricionista Betina Grusiecki, de 28 anos. Ela é ex-namorada dele.
O crime teria acontecido na noite do aniversário do deputado, no sábado 14, no apartamento do casal. O imóvel fica no bairro Aparecida, em Santos, no litoral paulista. Da Cunha teria iniciado uma discussão antes de partir para a agressão. A jovem abriu um boletim de ocorrência contra o parlamentar, que nega as acusações.
Segundo a CNN Brasil, no documento criado pelo MP há fotos e vídeos que mostram a casa com manchas de sangue. Em uma das imagens, uma pessoa — que seria supostamente o deputado — mancha as roupas da vítima.
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O promotor Rogério Pereira da Luz Ferreira, autor da denúncia, pediu que o caso não tenha foro privilegiado. Ferreira alega que os supostos crimes não teriam relação com o cargo que o político exerce na Câmara.
Apesar disso, o juiz da 2ª Vara Criminal do Foro de Santos, Leonardo de Mello Gonçalves, enviou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF). Gonçalves abriu um pedido de urgência, para que a Corte analise se o caso é de competência do STF ou se deve ir para a Justiça comum.
De acordo com a denúncia do MP, o deputado teve o objetivo de ferir, intimidar e ridicularizar a vítima. Além disso, a promotoria também acredita que ele quis “menosprezar” a jovem, danificando suas roupas.
Defesa do deputado
A defesa de Da Cunha admitiu que, no dia do aniversário, houve uma discussão entre o acusado e a vítima, mas negou que o parlamentar tenha agredido fisicamente Grusiecki. Nesta quarta-feira, 25, o investigado ainda não havia recebido formalmente a denúncia.
O caso
De acordo com o relato registrado no boletim de ocorrência, a mulher teria desmaiado por causa das agressões. Depois de consumir bebida alcoólica, Da Cunha discutiu com Betina e teria começado a xingá-la e ameaçá-la.
O deputado teria quebrado os óculos da nutricionista, atirado cloro em suas roupas, apertado o pescoço e batido a cabeça dela contra a parede — até que ela perdesse a consciência.
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“Vou encher de tiros a sua cabeça, vou te matar e vou matar sua mãe”, teria dito o deputado, segundo o portal g1. Betina solicitou à polícia medida protetiva.
Segundo o boletim da Polícia Civil, a nutricionista contou que sabia do histórico agressivo de Da Cunha.