O ministro da Educação, Milton Ribeiro, vai depor na Comissão de Educação do Senado na quinta-feira da próxima semana, dia 31 de março. Ele vai explicar supostos favorecimentos a pastores em liberação de verbas da pasta.
Em áudio vazado pelo Folha de S. Paulo e repercutido pela imprensa nesta semana, o ministro afirma que o pedido de prioridade aos pastores teria sido feito pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ribeiro iria depor em caráter de convocação, quando não há opção de faltar. No entanto, o requerimento apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi transformado em convite, depois que ele se colocou à disposição, em contato com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da comissão.
“Aprovamos na Comissão de Educação requerimento para ouvir o ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre denúncias de irregularidades nos repasses de verbas da pasta”, confirmou o senador Marcelo Castro no Twitter. “A audiência está marcada para a próxima quinta-feira.”
Aprovamos na Comissão de Educação requerimento para ouvir o ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre denúncias de irregularidades nos repasses de verbas da pasta.
A audiência está marcada para a próxima quinta-feira (31).— Marcelo Castro (@MarceloCastroPI) March 24, 2022
Em outro requerimento, foi convocado a depor Marcelo Ponte, presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). O órgão é responsável pela transferência de recursos a municípios. Também foram chamados os pastores mencionados no áudio — Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da mesma entidade.
Sobre o caso
Na conversa divulgada pela Folha, Milton Ribeiro fala com prefeitos e dois pastores, Gilmar dos Santos e Arilton Moura. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar”, disse.
O ministro divulgou uma nota na terça-feira, dizendo não existir nenhuma possibilidade de ele “determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou Estado”.
Na quarta-feira 23, em entrevista ao programa Os Pingos Nos Is, da rádio Jovem Pan, ele afirmou que não pretende se afastar do governo.
“Não considero essa hipótese”, disse Ribeiro. “Devo respeito ao presidente da República, o dono do cargo — em termos de gestão e administração. Ele, a qualquer hora, pode pedir minha retirada. Mas não sairei por pressões políticas. Querem associar os evangélicos, uma base de sustentação do governo, com o que há de mais horrível na administração pública: o desvio de dinheiro. Não admito isso. Quem me conhece, sabe o que penso a respeito disso.”
Os caras estão procurando agulha no palheiro para tentar derrubar o Presidente e botar a raposa corrupta velha sem dedo no poder e estes caras ficam ai falando e dando entrevista para militantes, os caras só precisam de um trechinho de fala mesmo fora de contesto já serve para o desgaste kkkk, isto ai agora preste contas ai amigo.
A jogada da oposição até as eleições de outubro será esta. Descriminalizar pessoas que já foram sentenciadas pela Justiça, e tentar criminalizar fichas-limpas da base de sustentação do governo
Cada governo tem sua base e critérios de priorizar ou não os diversos setores e entidades.
Se há isonomia perante a lei e não há corrupção, segue o jogo.
Então pelo que disse o ministro, que ele foi instruído pelo seu superior, lógicamente o presidente da república a dar essa tarefa de articulação com as prefeituras , ou seja, um articulador informal para o atendimento às diversas prefeituras do país. Isso não deve estar soando bem aos ouvidos da oposição, com certeza. Haja ingenuidade nesse governo, ainda mais em ano de eleição! Me façam o favor…