Moraes abre processo contra Marcos do Val

Senador denunciou suposto 'golpe de Estado'

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Ministro Alexandre de Moraes abre inquérito contra Marcos do Val
Ministro Alexandre de Moraes abre inquérito contra Marcos do Val | Foto: Nelson Jr. / SCO / STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes abriu inquérito contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES). A decisão vem depois que o senador denunciou um suposto plano para realizar um “golpe de Estado” que, em uma das versões, poderia ter o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Moraes determinou que “seja autuada petição autônoma e sigilosa, a ser instruída, inicialmente, com a cópia do pedido da Polícia Federal para autorização da realização de sua oitiva, com o despacho de autorização e com o inteiro teor de seu depoimento”.

Segundo Moraes, o senador Marcos do Val “apresentou à Polícia Federal uma quarta versão dos fatos por ele divulgados, todas entre si antagônicas”, havendo assim “a pertinência e a necessidade de diligência para o seu completo esclarecimento, bem como para a apuração dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo”.

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O magistrado determinou também o envido das entrevistas dadas pelo senador à revista Veja, à CNN e à Globo News, no prazo de cinco dias, e à empresa Meta, dona do Instagram, para que submeta a íntegra da live feita por ele na madrugada do dia 2 de fevereiro.

Pedido de afastamento de Moraes

Marcos do Val declarou que vai pedir à Procuradoria-Geral da República o afastamento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), da relatoria do inquérito dos “atos antidemocráticos”.

Segundo o parlamentar, o magistrado não o orientou a formalizar seu depoimento sobre a suposta reunião que aconteceu entre ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). “Não fui orientado nem em mensagens, nem no encontro presencial”, disse Do Val, em entrevista à CNN Brasil.

Do Val pediu que a Polícia Federal acessasse todas as mensagens trocadas com Moraes e com o ex-deputado. Desse modo, o nome do ministro passaria a fazer parte do inquérito, que agora apura a suposta reunião em que Silveira pedia a ajuda do parlamentar para dar um golpe de Estado. “Como o Moraes vai entrar nos autos, não poderá mais ser relator”, disse o senador.

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11 comentários Ver comentários

  1. Como é que os cínicos dizem: xandão, guardião da democracia!
    L’etat c’est moi é sua regra.
    Será que os juízes são perfeitos? Ninguém investiga um pra remédio.

  2. Como assim abre processo? O cabeça de falo não é aquele q arranca deputado eleito com um milhão de votos de dentro do parlamento para levar para a cadeia somente por não concordar com o q o sujeito fala??? Tá arregando agora o cabeça de pica?

  3. Muito estranho esse vai e vem do sen. Marcos do Val. Ora Bolsonaro falou, ora não falou nada; ora o encontro foi num lugar, ora num outro. Estranho tb todo mundo dizer que foi tentativa de golpe de estado. Parece que o senador queria que o ministro fosse afastado de inquéritos ilegais que ele preside. Desde quando isso é golpe de estado? Está igual àquela papagaiada de chamar aquela baderna toda do 8/jan de terrorismo.

  4. Mas que lambança! Confesso que não confio mais na justiça e nos políticos brasileiros, pois todos, de uma forma geral, só defendem seus próprios interesses e de seus grupos restritos, não hesitando em trair companheiros, eleitores e a pátria se isto lhes trouxer benefícios ou os livrar de penalizações.

  5. E o Senado não tem que manifestar? Ora, ora temos um desequilibrio de poderes pois um te data de finalização (8 anos) e giscalizado e julgado pelo eleitor. Outro é Vitalício e na existe controle algum. CNJ é presidido por.eles mesmos.

  6. Mas como é que pode justamente ele, que segundo Do Val foi avisado sobre a suposta tentativa e, portanto, se não tomou providencias também foi conivente, abrir um inquérito que deve investigar a si mesmo já que deveria ter tomado providências? E não venha com essa de que Do Val se recusou a oficializar a denuncia, pois até postagens de grupo de Whatsapp serviu de base para abertura de inquérito e quebra de sigilo das pessoas do grupo.

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