O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Procuradoria-Geral da República que se manifeste em relação às respostas da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) sobre a sua estada na Embaixada da Hungria em Brasília.
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Moraes vai analisar o caso depois das considerações do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Para a defesa do ex-presidente, é “ilógica” a sugestão de que Bolsonaro, ao visitar a Embaixada da Hungria, teve como objetivo uma fuga política ou um pedido de asilo. A defesa enviou a resposta a Moraes na quarta-feira 27.
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A depender da avaliação do Supremo, Moraes pode, por exemplo, tomar medidas cautelares mais duras contra Bolsonaro, que está sob investigação por um suposto golpe de Estado.
Moraes deu 48 horas a Bolsonaro para justificar hospedagem em embaixada
Na última segunda-feira, 25, Moraes deu um prazo de 48 horas a Bolsonaro para explicar por que se hospedou na Embaixada da Hungria. A estadia do ex-presidente ocorreu durante duas noites, entre 12 e 14 de fevereiro. A informação foi revelada pelo New York Times.
De acordo com a defesa, que emitiu a resposta na quarta-feira, o motivo da visita à embaixada é de relação “política”.
“O ex-presidente Jair Bolsonaro, ora peticionário, como é de conhecimento público, tem uma agenda de compromissos políticos, nacional e internacional”, afirmou a defesa. “A despeito de não mais ser detentor de mandato, a agenda continua extremamente ativa, inclusive em relação a lideranças estrangeiras alinhadas com o perfil conservador.”
Quatro dias antes da hospedagem, a Polícia Federal havia retido o passaporte do ex-presidente. O jornal norte-americano citou a possibilidade de pedido de asilo político. Bolsonaro e diversos dos seus aliados são alvo de Moraes em inquéritos na Corte.
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Enquanto estivesse na missão diplomática dentro da embaixada, Bolsonaro não poderia, teoricamente, responder a uma ordem de prisão, por estar dentro de prédio resguardado por convenções diplomáticas.
O Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador da Hungria, Miklós Halmai, para explicar a aproximação com o ex-presidente. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva vê nessa ligação uma interferência do governo da Hungria em assuntos internos do Brasil, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.
qual a justificativa para pedir um parecer da PGR sobre a ida de Bolsonaro a embaixada?
Perseguição descarada. Esse sujeito e outros pares do STF estão atolados até o pescoço, e sabem que não podem mais parar e se retratar.
Todos rezam na mesma cartilha.