O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), voltou a cobrar uma agenda de responsabilidade fiscal por parte do governo Lula. A fala ocorreu nesta quarta-feira, 12, durante um evento do Grupo Lide, no Brasília Palace Hotel, no centro da capital federal.
Ao discursar aos presentes no evento, Motta destacou que é preciso manter um “diálogo franco” com o governo federal sobre a agenda econômica. O parlamentar relembrou o fato de termos “terminado o ano passado com o dólar batendo altas muito antes”, o que acarretou na “penalização, principalmente de quem está na porta, quem ganha menos”.
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“Nós precisamos, sim, pontuar que não será possível promover uma política de promoção social com a inflação descontrolada, com a taxa de juros subindo a cada reunião do Copom, com o dólar batendo os níveis que infelizmente vêm batendo, com um cenário internacional desafiador depois da eleição novo presidente americano”, analisou.
Ainda ao analisar o cenário econômico nacional, o parlamentar acrescentou: “Se não entrarmos numa agenda de responsabilidade, teremos um período de muita dificuldade com essas taxas descontroladas e com o nosso povo, a nossa população sendo penalizado ao final”.
Motta diz que Haddad precisa de apoio interno
Hugo Motta também destacou o apoio “integral” do Congresso Nacional às pautas econômicas enviadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O parlamentar disse que o integrante do alto escalão precisava, na realidade, de mais “apoio interno”.
“Apoiamos o governo em todas as agendas ao longo dos últimos dois anos”, iniciou. “Praticamente tudo o que o governo mandou para casa, tanto para a Câmara como para o Senado, foi aprovado. A agenda do ministro Haddad era inteiramente apoiada por nós.”
Na sequência, emendou: “O ministro precisaria muito mais às vezes de apoio interno que o apoio externo, porque a agenda dele era uma agenda aprovada, principalmente pelos partidos de centro, que têm uma preocupação muito grande com o desempenho econômico do país”.
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