O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira, 10, que uma nova rodada de auxílio emergencial está sendo discutida, mas que o governo não tem “dinheiro no cofre” para bancar a retomada do benefício, o que deve afetar o endividamento do país.
Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia do coronavírus, a dívida pública fechou 2020 em R$ 6,615 trilhões, o que representa 89,3% do Produto Interno Bruto (PIB), patamar recorde.
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“A arrecadação esteve praticamente equivalente no município tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser rediscutido. Não é dinheiro que eu estou tirando do cofre, é endividamento. Isso é terrível também”, declarou o presidente aos prefeitos.
A equipe econômica tem condicionado o retorno de algum tipo de auxílio desde que o Congresso aprove medidas de contenção de gastos e um novo marco fiscal para dar respaldo jurídico à retomada do benefício.
Pandemia
Bolsonaro ainda indicou a possibilidade de que o governo dê novo apoio a municípios neste ano. O chefe do Executivo voltou a dizer que as medidas “na ponta de linha” de combate à pandemia da covid-19 foram tomadas por governadores e prefeitos, enquanto ao governo federal coube enviar “recursos e meios”.
“O presidente foi deixado de lado em grande parte das suas atribuições, a não ser mandar recursos e meios, o que nós fizemos”, disse Bolsonaro em breve reunião com prefeitos no Ministério da Educação.
No ano passado, o governo federal direcionou socorro financeiro a Estados e municípios para o enfrentamento da crise sanitária do coronavírus. Ao contrário da União, que terminou 2020 com rombo recorde nas contas públicas, governadores e prefeitos fecharam no azul no ano passado, graças à ajuda do governo federal.
Economia
Segundo Bolsonaro, é preciso conviver com a doença e voltar a trabalhar. “Vamos ter que conviver com esse vírus, não adianta falar que passando o tempo vai resolver. Estão vendo que não vai. Novas cepas estão aparecendo. Agora, o efeito colateral do tratamento inadequado mata mais gente do que o vírus em si”, afirmou.
E acrescentou: “A economia não voltou ainda. Por isso eu apelo: quem puder abrir, abra o comércio. Vejo alguns municípios até protestando contra o respectivo governador”.
A conversa com os prefeitos, que durou menos de 20 minutos, não estava prevista na agenda oficial do presidente. Ele participou de um encontro do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que desde cedo está reunido com prefeitos.
Com informações do Estadão Conteúdo
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