(J.R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 12 de junho de 2022)
O preço do barril de petróleo acaba de passar dos US$ 120. Um ano atrás, no meio de junho de 2021, estava em US$ 75. Esse é o preço internacional, ou seja, quanto um barril realmente vale no mundo dos fatos objetivos. Fala-se, aqui, num “preço brasileiro”, que deveria refletir os custos de produção internos e ser aplicado para o petróleo extraído no Brasil, mas essa é apenas uma miragem a mais. O mundo é um só e o preço real é um só, US$ 120 pelas últimas cotações, e isso quer dizer, muito simplesmente, que o petróleo custa hoje 60% mais caro do que custava há um ano. É possível acontecer um negócio desses e não haver consequência nenhuma no preço dos combustíveis para a população? É claro que não — mas é exatamente isso que “a sociedade”, por meio dos políticos, dos formadores de opinião e das classes intelectuais, está exigindo.
A gritaria, como sempre, é para “o governo” resolver o problema. Os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha “não podem” estar tão caros, e “o governo” tem de fazer “alguma coisa” para resolver isso — e fazer sem que haja sacrifício para as populações “menos favorecidas”, para a classe média, para o sistema de transportes, para a indústria e para as finanças dos 26 Estados que hoje são os maiores beneficiários, via imposto cobrado direto na bomba, dos preços calamitosos a que o petróleo chegou. Admite-se, com muita má vontade, que o governo não pode fazer nada para mexer nos US$ 120 que custa o barril. Mas exige-se que, a partir daí, a autoridade pública dê um jeito para vender combustível pelo preço do ano passado — e, ao mesmo tempo, que mantenha intacta a sua integridade fiscal, não atrapalhe as contas públicas e, mais que tudo, não faça demagogia num ano eleitoral. Preço baixo, sim. Aplausos por baixar o preço, não.
Quando um produto tão vital para a economia e o bem-estar das pessoas como o petróleo sobe 60% no espaço de um ano, está claro que não vai haver solução feliz. Está claro que alguém vai se machucar, e que não é possível ir a lugar nenhum com a ideia geral de que vão se resolver problemas de preço com o avanço da justiça social e outras coisas virtuosas. Mas no Brasil de hoje exige-se não apenas a solução a custo zero; ela também não pode ser creditada ao governo, pois isso seria propaganda eleitoral. Reduzir impostos, por exemplo, ou ressarcir os Estados pelos cortes que eles fizerem em seus tributos, como o governo propôs — não pode. É fazer campanha. É populismo. É piorar os problemas.
O embate político no Brasil deixou de ter nexo. Passou a ser um exercício de fanatismo.
Leia também: “Para serve a Petrobras?”, artigo de J.R. Guzzo publicado na Edição 49 da Revista Oeste
Gente maligna!
Os esquerdopatas entendem que se for para o Presidente Bolsonaro perder a próxima eleição que o Brasil se exploda.
Em bom português, é um bando de canalhas f…d…p. que alegam ser plano eleitoreiro do governo a solução de cortar impostos sobre o combustível.
Para impedir mais uma iniciativa do Bolsonaro, a turma do quarto pior, melhor,
quer que o povo se dane. O que importa é a briga pelo poder.
Pretensões completamente descabidas , um verdadeiro devaneio.
Parabéns Guzzo, você deveria perguntar porque os políticos não fazem essa gritaria contra as commodities agropecuárias, que essas sim temos a suficiente produção local para o mercado interno e para exportações ou seja para “DAR E VENDER”, como SOJA, CANA(açúcar e álcool), CAFÉ, MILHO, PROTEINA ANIMAL, etc., etc., etc.
Há alguns ignorantes que aceitam essas criticas que diariamente se faz à PETROBRAS e ao GOVERNO FEDERAL, e até entendem que o preço dos alimentos esta afetado pela inflação dos combustíveis. Provavelmente só consomem gasolina e diesel.
Como entender que uma garrafa de 900 ml de óleo de SOJA que custava R$2,60 em 2019 custe atualmente R$9,60 e 1 pc. de 500 g. de CAFÉ moído que custava R$7,50 atualmente R$19,60? E o açúcar, álcool, carnes, etc.?
Nada contra essa PPI utilizada no negócio agropecuário, todavia deveria haver uma parceria PUBLICO/PRIVADA que proporcionasse um preço interno subsidiado pelos altos valores obtidos pela exportação, especialmente para aqueles produtos que somos campeões mundiais de produção.
Recentemente na Jovem Pan, repórter questionou autoridade do setor de trigo produzido no Brasil, ainda insuficiente para o consumo interno e que grande parte é exportado, portanto para nosso consumo interno importamos, e esse entrevistado disse que não deveria haver intervenção do governo nesses negócios. Dá para entender Guzzo?
Putz! Prezado J.R. Guzzo, existe no Portal da ANP, uma metodologia que, segundo eles, compõem as “Estruturas de formação dos preços dos combustíveis” ( https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/precos-e-defesa-da-concorrencia/precos/precos-revenda-e-de-distribuicao-combustiveis/composicao-e-estruturas-de-formacao-dos-precos). Solicitei a vários órgãos de imprensa que avaliassem e apresentassem uma interpretação; como ninguém se pronunciou, fiz abaixo o desenvolvimento das fórmulas e chego na equação final:
1 – U = (M + N + P + Q + T) + (A + B + C)x(1 – MIX) + (I + J + K)x MIX + PMPF x ICMS%, onde: A preço da gasolina A na refinaria; B e C são Cide, Pis/Pasep e Confins do gov. Federal; I preço do etanol Anidro; J e K Cide, Pis/Pasep e Confins; MIX percentual do etanol anidro na mistura de 1 litro (27% – na fórmula deve entrar em decimais); M, N, P, Q e T são fretes da refinaria à distribuidora, fretes da usina de álcool à dristr., fretes da distr. para os postos, margens da distribuidora e postos, respectivamente; PMPF é o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final sobre o qual os Estados cobram o ICMS e ICMS% é a própria alíquota do ICMS dos estados e, finalmente, U é o preço final na bomba.
No entanto, observe que em um período que o PMPF fica estável (a cada 15 dias), o PMPF é o próprio valor de U (preço na bomba), então desdobro a fórmula fazendo o PMPF = U :
2 – U = [ (M+N+P+Q+T) + (A+B+C)x(1 – MIX) + (I+J+K)x(MIX) ] / (1 – ICMS%) que é a equação final. Observem que o ICMS% entra por dentro, aumenta o valor da alíquota, (dividido por 1 – ICMS%) e sobre todos os outros valores (fretes, margens, preço da GAS e Anidro e impostos do Gov Federal); isto é está provado a BITRIBUTAÇÃO!!!
Esta claro que os Estados com seus governadores esquerdistas ,juntamente com o presidente omisso do senado, aliaran-se para dificultar o acordo que o governo fez
cobrindo as perdas do Icms aos Estados, vemos uma trama indecente dos
governadores que estão pouco lixando para a população, detonando uma ação
concreta de desoneração de impostos aos consumidores, como fosse uma estratégia de propaganda eleitoreira do Governo, as atitudes dos governadores e do Rodrigo pacheco é de uma canalhice sem tamanho, não querem abrir mão do dinheiro fácil.
Nós somos mesmo um bando de ferrados. O americano ganha em média umas 4 ou 5 vezes mais que o brasileiro e a gasolina deles ainda assim é mais barata! Alguém está pagando por isso e eu acho que já sei quem é.
Não existe solução mágica. Alguém vai pagar a conta! Aqui na Itália a gasolina custava 1,25 euro a um ano, agora custa 2,05 !!
O governo deve pensar no povo e que se dane a torcida do “quanto pior,melhor.”Alguma coisa tem que ser feita,nem que seja através de MP e DL.
O Partido das Trevas, outrora capa de jornais e dos noticiários policiais, época em que foram detectados o MENSALÃO e o PETROLÃO, não dispõe hoje de público, necessário ao seu retorno aos postos-chave do País.
É isso mesmo Guzzo! Só que tem um detalha: política se faz com políticos e estratégias políticas para ganho do poder político e, nesse contexto, se Bolsonaro não usar das armas políticas de que dispõe, a esquerda volta ao poder e aí o estrago é muito maior. Infelizmente, acaba sendo uma estratégia populista meio que necessária, considerando também que a sociedade brasileira ainda não está instrumentalizada com informações relevantes de uma genuína cultura política que lhe permita definir, com maior exatidão possivel, os caminhos e as ações que os governos da ocasião devem adotar em defesa dos interesses da sociedade que é a razão da existência do aparato político-juridico-administrativo.