O Google enviou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 informações de canais no YouTube que teriam ganhado dinheiro disseminando notícias falsas sobre a pandemia do novo coronavírus.
A pedido da comissão, o gigante da tecnologia forneceu uma lista de 385 vídeos removidos pelo YouTube ou deletados pelos próprios usuários após serem identificados, de acordo com os critérios da plataforma, como disseminadores de desinformação sobre formas de tratamento para a covid-19.
A jornalista Leda Nagle teve 20 vídeos de conteúdo classificado como suspeito apagados pelo YouTube. O material teria rendido R$ 14,7 mil. A Oeste, Leda afirma que não faz censura em seu canal. “Não sou censora. Sou entrevistadora. Não faço fake news. Não edito entrevista de ninguém. Nem de direita, nem de esquerda, nem de centro, nem de lado nenhum. Respeito meus entrevistados. Eu pergunto, meus entrevistados respondem. É assim que entendo e exerço o jornalismo.” E completa: “Acusar entrevistadora de entrevistar é fazer fake news por má fé, inveja e intolerância. E é crime.”
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Em vídeo publicado em seu Twitter, a jornalista diz que nunca apagaria entrevista em razão do que o entrevistado falou e explica porque precisou deletar alguns de seus vídeos em suas redes sociais: “É como se você construísse uma casa em um terreno alugado. E de repente, o dono do terreno quer de volta um pedaço desse terreno onde você já construiu alguns cômodos da casa. E você tem que demolir essas partes construídas. Pois é…”
A verdade.
Entrevistas exclusivas: https://t.co/qDlsSmzjSs pic.twitter.com/pmWsgwZbns
— Leda Nagle (@LedaNagle) May 11, 2021
Outros jornalistas e veículos na lista do Google
O jornalista Alexandre Garcia está no topo da relação, com 126 vídeos tirados do ar. Esse conteúdo, conforme os dados fornecidos pelo Google, havia rendido quase R$ 70 mil em remuneração pela audiência e publicidade. Gustavo Gayer (R$ 40 mil), Notícias Política BR (R$ 20,7 mil) e Brasil Notícias (R$ 17,7 mil) completam a primeira parte da lista. Ao todo, os usuários ganharam US$ 45 mil — o equivalente a R$ 230 mil. O apresentador Sikêra Júnior, da RedeTV!, também é citado, mas com números mais modestos: dois vídeos removidos e monetização de R$ 1.482.
Em nota, o Google informa não poder comentar acerca do material enviado à CPI da Covid, “pois se trata de dados sujeitos a sigilo, nos termos da lei aplicável”. A companhia alega “apoiar a saúde e o bem-estar da comunidade de usuários do YouTube, com especial atenção a nossas políticas de desinformação médica sobre a covid-19”.
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Acho que estou muito idoso (75 anos) por não entender qual a pior censura, aquela que ocorreu no regime militar ou esta que vivemos atualmente. Inacreditável. Por que Celso de Mello e outros notáveis ficam tão calados consentindo este abuso autoritário em momento tão grave, sanitário, econômico e de inconsequentes decisões judiciais? Afinal, quem esta praticando atos anti democráticos? O governo federal, ou autoridades dos outros poderes?
E assim continua o trabalho da Secretaria Geral do Ministério da Verdade da ONU, o Google…
E assim continuam caminhando os fatos. Sem a mínima decência ou honestidade (palavras desconhecidas deles).
Que momento em que os totalitários estão ousados esse em que estamos vivendo… cada desculpa esfarrapadas para exercer seus atos repressivos e injustos.
CPI COMPOSTA POR ALGUNS CORRUPTOS.
A regra deles é simples, quem apoia socialista pode dizer tudo que pensa, quem é contra é perseguido.
E os boatos são variados e às vezes com verdades. Os jornalistas que recebem dos chineses? E os que ganham salários legais, mas para falar mal de alguém? Essa história de retirar do ar entrevistas é um dilema para a direita. Para a esquerda continuam os vídeos e entrevistas de corruptos e o Google deixa estar? É muito pano pra manga.
Muito triste ver uma Jornalista do calibre de Leda Nagle ser silenciada por uma plataforma liderada por lacradores mal intencionados.
Se esses jornalistas foram “monetizados” – eufemismo para remunerados – por suas grandes audiências, tão incentivadas pelo Google, vale refletir sobre:
– Quem remunera os jornalistas? O Google.
– Se o Google diz que US$ 43 mil vieram por notícias que o Google resolveu classificar como fake news (?) ele vai exigir que esses jornalistas devolvam o dinheiro? Ou vai “apenas” arrancar deles receitas que ainda fariam com seus vídeos ainda disponíveis?
– Uma outra: se esses foram os rendimentos dos jornalistas, quais foram os rendimentos do Google com esses vídeos?
– E outra: quais foram os rendimentos que o Google teve dos vários outros vídeos assistidos, de tantos outros youtubers, por essas audiências, na sequência, depois que elas assistiram os tais vídeos?