O presidente Jair Bolsonaro declarou neste sábado, 30, que o leilão do 5G no Brasil segue indefinido. “Não tem nada acertado sobre isso”, disse, em entrevista coletiva. A fala veio depois de a imprensa noticiar que não haverá restrições para que a China participe do processo. O país asiático é proprietário do gigante de tecnologia Huawei. Em seus territórios, França, Reino Unido, Suécia e Estados Unidos baniram a empresa ao justificarem que ela espiona os consumidores a mando do Partido Comunista. De acordo com o presidente, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, deve viajar na semana que vem com a finalidade de estudar qual a melhor proposta para o Brasil. “Ninguém está fora do processo. Vamos conversar com todos. Precipita-se quem pensa que estou negociando o 5G em troca de algo. Não existe negociação. Entre os países, há interesses”, acrescentou Bolsonaro.
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Na verdade a Portaria do Ministério das Comunicações prevê sim e possibilita a participação dos chineses. Para tentar se resguardar da possibilidade de “espionagem” propalada pelos filhos do Presidente, o Governo colocou cláusulas que determinam a criação de um sistema “paralelo” a ser utilizado exclusivamente pelo Governo. Analistas de dentro do próprio Ministério das Comunicações sabem que esta cláusula de agrado custará muito caro ao Governo : um sistema paralelo e exclusivo para o Governo exigirá também uma estrutura paralela, pois obviamente não poderá transitar dados exclusivos em rede conjugada. Outro fato conhecido pelos técnicos – mas talvez desconhecido pelos demais- é que a estrutura atual já dispões de equipamentos comprados da China. A implantação do 5G pode aproveitar de boa parte desses equipamentos já existentes e a substituição de todos eles também vai encarecer o processo. Não se deve descartar que as vacinas e os insumos vindos exclusivamente da China agora terão peso dois nessa decisão, já que a AstraZeneca está atrasada e comprometida prioritariamente com a União Europeia. O agronegócio também terá altíssimo peso já que a balança comercial com a China é favorável às exportações de grãos e carnes com vultosos números de tonelagens e dólares indo e vindo. O Presidente acertou ao dizer que “Não existe negociação. Entre os países, há interesses”. Entretanto são sim os interesses que pesarão nessas negociações.
Na verdade a Portaria do Ministério das Comunicações( que a Oeste ainda não viu) prevê sim parâmetros que viabilizam a participação da China. Em contra ponto o Brasil solicita que o vencedor crie um sistema paralelo exclusivo para o Governo , com intuito de evitar a chamada espionagem dos chineses. Especialistas afirmam que um sistema em paralelo exigiria uma estrutura também em paralelo que deve com certeza inviabilizar o processo pelo altíssimo custo de duas estruturas e sistemas independentes. Por outro lado, o Governo parece não saber que boa parte do sistema 4 G do Brasil já opera com equipamentos chineses(pasme-se) e além do Governo , os filhos do Presidente também não tinham conhecimento deste fato ao creditar ao sistema chinês espionagem sobre cidadãos não comunistas ou contrários ao sistema. Trocar toda estrutura de 4G já existente também seria muito oneroso, já que boa parte destes equipamentos poderia ser aproveitado no sistema 5G afirmam os especialistas do próprio Governo, que não foram consultados. Portanto, há interesse sim em não confrontar a China principalmente agora com a perda do sustentáculo americano de Trump . Os insumos e as vacinas vindas da China e o enorme mercado para o agronegócio certamente pesarão , e muito.
De ressaltar a estatura dos países que proibiram a participação da empresa chinesa que, como sabemos, é controlada pelo Partido Comunista. Abramos nossos olhos.
O melhor não é o mais barato ou o mais caro e sim o que nos dará maior privacidade e independência.
O PCC não espiona apenas consumidores. De acordo com especialistas dos EUA eles andaram espionando e hackeando empresas americanas e até a NASA pra roubar dados de pesquisas e patentear na frente dos verdadeiros desenvolvedores. São uns golpistas!
Desde que as provedoras de 5G se comprometam com as condições e parâmetros estipulados pelo Brasil, não vejo porque vetar A ou B.