“Nem Tudo Se Desfaz”, novo documentário do cineasta Josias Teófilo, tem pré-estreia nesta segunda-feira, 20, em São Paulo. O filme faz uma conexão entre alguns dos episódios mais importantes do país nos últimos anos, traçando um paralelo entre as Jornadas de Junho de 2013, o impeachment de Dilma Rousseff, a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva e a vitória de Jair Bolsonaro nas urnas.
A pré-estreia do documentário acontecerá no Cine Petra Belas Artes, em São Paulo, a partir das 20h30. Ainda nesta semana, o filme será exibido no Estação Net Botafogo, no Rio de Janeiro, nos dias 22 e 23. Também há datas confirmadas em Porto Alegre (27/9), Belém (28/9), Recife (30/9), Blumenau (4/10) e Belo Horizonte (6/10).
Entrevista: Josias Teófilo: ‘Não precisa ser de direita para tentar entender por que Bolsonaro foi eleito’
As duas sessões serão apresentadas pela dupla Palhaço e Gatão, do canal Brasileirinhos, do YouTube. Depois da exibição, haverá um debate.
Em entrevista a Oeste publicada no dia 15, Teófilo classifica o filme como “histórico”. “Ele mostra como a atuação das massas no campo político começou a ser protagonista da história brasileira a partir de 2013. Isso não parou. Isso veio para ficar, sejam as massas digitais, sejam as massas físicas, que agora se intercambiam”, afirma.
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Diretor de O Jardim das Aflições (2017), premiado documentário sobre Olavo de Carvalho, Teófilo acredita que o novo filme, assim como o anterior, despertará incômodo na esquerda e, provavelmente, sofrerá algum tipo de boicote. “Nas universidades, a gente já sabe o que vai acontecer. Eles vão tentar impedir as exibições, inclusive usando de violência”, afirma. “O cinema brasileiro está resistindo a entender as causas da eleição de Bolsonaro. Não precisa ser de direita para tentar entender por que Bolsonaro foi eleito.”
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Seria interessante colocar o filme em circuito mais abrangente, como na plataforma NETFLIX ou melhor ainda no YOU TUBE para ter ampla visualização.
Josias Teófilo, veja se após as estreias não seria possível, para alcançar um público mais expressivo. Muitos moram longe de Capitais e cinemas de arte.
A verdade dói!