Em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que a convocação do hacker Walter Delgatti Neto para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro tem o objetivo de responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelos atos de vandalismo registrados na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
“Por diversos momentos, a CPMI foi sequestrada pela esquerda”, disse o parlamentar mineiro, nesta quinta-feira, 17. “Isso diverge da temática central da CPMI, que é apurar as ações e as omissões dos atos do dia 8.”
De acordo com Nikolas, a convocação de Delgatti Neto é “mais uma tentativa de convidar alguém para fazer um falso testemunho e tentar construir a narrativa” em que Bolsonaro seja o “mentor intelectual” da manifestação em Brasília.
Entenda o contexto do comentário de Nikolas Ferreira
Nesta quinta-feira, o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido por ter violado conversa de juízes e procuradores da Operação Lava Jato, prestou depoimento à CPMI do 8 de Janeiro. Ele esteve diante de senadores e deputados federais desde a manhã de hoje.
Apesar de ter o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento ao colegiado, Delgatti Neto passou a responder a perguntas feitas por parlamentares.
O hacker poderia permanecer calado diante da CPMI do 8 de Janeiro — conforme parecer do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Ele esteve acompanhado do advogado Ariovaldo Moreira.
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Delgatti Neto ficou conhecido ao cometer um crime cibernético. Ele invadiu grupos do aplicativo de mensagens Telegram que contavam com a participação de membros relacionados à Operação Lava Jato.
O senador Sergio Moro (União-PR) e o ex-deputado federal e ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), foram algumas das autoridades que tiveram conversas privadas violadas — e tornadas públicas de forma irregular. Tal ação ficou conhecida como “Vaza Jato” e fez com que a Polícia Federal deflagrasse a Operação Spoofing.
Criminoso cibernético (e que está preso por este motivo), não tem a mínima credibilidade.
É como convocar o Marcola para dar um depoimento na CPI.
Se o Hacker é deles que criminosamente entrou pra destruir a lava-jato, obviamente perde o sentido querer uní-lo à Bolsonaro