Secretário alerta para o risco de transformar programas temporários em permanentes
A volta à normalidade após o período de distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus ainda é incerta, disse nesta terça-feira, 19, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
Ele ressaltou, porém, que a rede de assistência social do Brasil permite ao país atravessar a crise ‘sem grandes perdas ou riscos sociais’.
Em videoconferência promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil, Mansueto disse que ‘ninguém sabe bem como será processo de saída do distanciamento social’.
No entanto, ele afirma que a crise de 2015 e 2016, quando o PIB caiu por dois anos seguidos pela primeira vez desde os anos 1930, mostrou que o país se tornou resiliente a crises.
‘Nossa rede de assistência social nos permite atravessar crise sem grandes perdas ou riscos’, disse o secretário, lembrando que o gasto com previdência e assistência no Brasil é equiparado ao de países ricos.
O secretário lembrou, no entanto, que o custo das políticas adotadas pelo país no pós-crise 2008 foi “muito alto”, em um alerta para o risco de transformar programas temporários em permanentes.
Mansueto reconheceu ainda que, após a crise provocada pela pandemia, será necessário melhorar a qualidade de educação e gastar mais com saúde. Ele lembrou que países com sistema de saúde de qualidade têm uma parcela maior do gasto em saúde vindo do setor público. “No Brasil, maior parte do gasto com saúde é privado”, disse.
* Com informações do Estadão Conteúdo