O último debate antes do segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo, realizado na noite desta sexta-feira, 25, pela TV Globo, terminou como o primeiro: tanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) quanto o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) trocaram acusações para impressionar os eleitores.
Nunes, por exemplo, lembrou que Boulos votou contra um projeto do deputado Kim Kataguiri (União-SP) que previa o aumento da pena aos condenados por furto, roubo e latrocínio. Em resposta, o psolista disse que no dia da votação, em 31 de outubro de 2023, estava em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Boulos defende até hoje a saída temporária de presos, popular saidinha. Nunes é contra.
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Em seu momento de acusação, Boulos citou os elogios de Nunes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela gestão do país na pandemia de covid-19. O deputado alega, entre outras coisas, que o ex-chefe do Executivo deixou de comprar vacinas para a população — o que teria prejudicado no combate ao vírus. Conforme a plataforma Our World in Data, o Brasil é o quinto país que mais administrou doses da vacina contra a covid-19. Fica atrás de China, Singapura, Chile e Cuba.
Pautas de costumes entram em cena
A segunda rodada de embates começou com um assunto sobre o qual os candidatos pensam de maneira diferente: a legalização das drogas. Boulos defende a descriminalização, enquanto Nunes acredita que o uso de entorpecentes precisa ser proibido.
Em junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu um limite de 40 gramas de maconha como critério para diferenciar o usuário de droga do traficante. Para se ter ideia, 40 gramas de maconha produzem de 40 a 130 cigarros da droga. Isso será levado em consideração até que o Congresso aprove uma regulação sobre o assunto. Com a decisão do STF, não é crime comprar, guardar, transportar nem portar maconha para uso próprio.
Assim como no debate anterior, realizado em 14 de outubro pela TV Bandeirantes, Boulos acusou o prefeito de indicar Eduardo Olivatto, cunhado de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo. No entanto, a nomeação do funcionário ocorreu em 1988, pela então prefeita da capital, Luiza Erundina. Ela é do partido de Boulos.
Ao debaterem sobre propostas para educação, Boulos citou as denúncias de corrupção contra o ex-prefeito em serviços prestados a creches paulistanas. Nunes rechaçou as acusações.
Nunes aparece à frente de Boulos em levantamento do Paraná Pesquisas
O debate ocorreu horas depois de o Instituto Paraná Pesquisas divulgar seu mais recente levantamento sobre o segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo. Conforme mostrou Oeste, Nunes lidera a disputa contra Boulos.
Os números apresentados pelo instituto se referem a três diferentes cenários: espontâneo (quando os nomes dos candidatos não são divulgados aos entrevistados), estimulado e estimulado-votos válidos.
No primeiro, que trata dos votos válidos, o emedebista tem mais de 11 pontos porcentuais de vantagem. Enquanto Nunes registra 55,7%, Boulos aparece com 44,3%. Aqui, são excluídos os votos brancos, os nulos e os indecisos. No segundo, em relação à estimulada, a diferença entre os dois candidatos é similar à do primeiro cenário: o prefeito lidera, com 51,2%, contra 40,7% de Boulos. Além disso, 5,2% disseram que vão anular ou votar em branco e 2,9% não souberam/não responderam.
A menor diferença entre os candidatos se dá no cenário espontâneo: 38,5% a 32,9% a favor de Nunes. Outros nomes foram citados por 0,3% dos entrevistados. O grupo de nenhum/branco/nulo aparece com 6,7%. Já a parcela de não sabe/não respondeu atingiu 21,6%.
Para realizar o levantamento, o Paraná Pesquisas entrevistou 1,5 mil eleitores na cidade de São Paulo, de 21 a 24 de outubro. De acordo com o instituto, a margem de erro é de 2,6 pontos porcentuais para mais ou para menos. O grau de confiança é de 95%. O código SP-05333/2024 é o protocolo de registro no Tribunal Superior Eleitoral.
Parece mesmo que, a única coisa que o boules conhece e muito bem, é protagonizar e coordenar as invasões em propriedades privadas, sem contar a ausência e alergia pelo trabalho.
Que no segundo turno das eleições, as pessoas tenham lucidez e bom senso na hora de votar para prefeito de SP.
Já temos trastes demais nos desgovernando, não precisamos de mais oportunistas e incompetentes, na gestão pública.