O tenente-coronel Mauro Cid, preso há quase 70 dias, deve ser ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro na terça-feira, 11. O militar foi convocado a depor sobre um suposto plano de “golpe de Estado” encontrado em seu celular.
Originalmente agendada para a semana passada, a oitiva foi adiada por causa das votações na Câmara dos Deputados. A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Cid é obrigado a depor, mas tem o direito de ficar em silêncio.
A defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro argumentou que ele não deveria ser obrigado a depor, mas a decisão do STF confirmou a necessidade de sua participação.
Antes de Cid, o coronel Jean Lawand Junior foi o último a depor na comissão para explicar a troca de mensagens com o ex-auxiliar de Bolsonaro.
A convocação de Cid foi aprovada por 14 membros da CPMI, incluindo a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora do colegiado.
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A expectativa é que o depoimento de Cid traga mais informações sobre o suposto plano de golpe e possíveis conexões com outras pessoas. Os parlamentares argumentam que depoimento promete ser crucial para o avanço das investigações na CPMI.
PM do Distrito Federal ignorou alertas
A Polícia Militar do Distrito Federal (DF) ignorou alertas sobre a possiblidade de risco de confusão nas manifestações de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes. Na ocasião, mais de cem ônibus chegaram a Brasília.
Os alertas prévios foram emitidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), segundo informações da emissora CNN Brasil, divulgadas em 29 de junho. Documentos foram entregues à CPMI do 8 de janeiro.
Segundo relatório, a ANTT começou a enviar alertas para a Polícia Milita do DF dois dias antes dos protestos de 8 de janeiro. Nos materiais, a agência informava que a capital do país poderia ser o destino de diversas caravanas com manifestantes.
CPI da tortura. Deputados e Senadores da oposição, conhecidos por falta de caráter, torturam com palavras cheias de ódio e maliciosas o Cel Mauro Cid, preso injustamente por um ditador travestido de autoridade do judiciário. Triste cenário. Mais triste é o silêncio dos congressistas e das nossas instituições democráticas.
É triste mesmo, ver um Tenente Coronel ser preso sem culpa formada. E seus superiores aceitarem passivamente.