(J. R. Guzzo publicado no jornal O Estado de S.Paulo em 10 de julho de 2022)
Uma das melhores piadas do ano, com certeza, é esse Boris Johnson, que até outro dia despachava como primeiro-ministro da Grã-Bretanha. Johnson, um dos mais excitados militantes das represálias econômicas contra a Rússia, em castigo pela invasão da Ucrânia, deu como certo, mais de uma vez: “Putin está morto”. Na sua análise dos fatos, ele garantia que as sanções que os países da Europa e os Estados Unidos socaram em cima da Rússia tinham transformado o presidente Vladimir Putin em farinha de rosca; a economia russa seria destruída, a população iria se levantar em revolta e o regime seria derrubado. Aconteceu o contrário. Putin continua na sua cadeira, com popularidade de 80%. O rublo está mais forte hoje do que quando as sanções começaram. O superávit da Rússia na balança comercial é de US$ 250 bilhões, o dobro do que foi no ano anterior à guerra. Mais de US$ 1 bilhão entra a cada dia no país em petróleo e gás. Em compensação, Boris Johnson é o mais recente político desempregado do Primeiro Mundo — acaba de ser posto para fora do governo.
As sanções econômicas contra a Rússia, que iriam liquidar Putin, acabar com a guerra e levar a Ucrânia à vitória, foram um fracasso miserável. Europeus e americanos acharam que estavam dando um espetáculo mundial de unidade, força e virtude com a sua política de extermínio econômico total. Mas foram completamente ignorados pelo resto do mundo, da China ao Brasil, da Ásia à África, que continuaram seu comércio normal com a Rússia. Houve declarações educadas de condenação “à guerra” e de incentivo ao bem, mas em dinheiro, que é bom, ninguém mexeu. O resultado é que quem ficou isolado foram a Europa e os Estados Unidos; são eles, e não a Rússia, que estão hoje em crise econômica, com crescimento perto do zero e inflação perto dos 10% ao ano. Acharam que iam quebrar a Rússia fechando lojas da Gucci. Não entenderam nada.
As sanções são uma lição admirável sobre a caixinha de ilusões, cálculos errados e arrogância mental em que vivem os países de Primeiro Mundo e os seus governozinhos globaloides, medíocres e metidos a besta. Europeus e americanos continuam convencidos de que os seus problemas são os problemas do resto do mundo. Estão aflitos com a proibição das sacolas de plástico, a participação de “transgêneros” no concurso de Miss Espanha e a alta na temperatura média na Groenlândia — e acham que todos têm de estar também. Seus desejos, da mesma forma, têm de ser os desejos dos 8 bilhões de habitantes da Terra, do combate ao “racismo sistêmico” até a vitória da Ucrânia. O fiasco das sanções mostra o quanto estão perdidos.
É uma maldição já! Os comentadores brasileiros são muito bons em política interna do Brasil, mas, quando falam de política internacional, ficam irreconhecíveis e só dizem palermices. É o caso do Guzzo com este texto. Gosto muito de ler as suas crónicas sobre o Brasil, mas, quanto a este texto sobre a Ucrânia, só revela falta de preparação e falta de capacidade de análise. É chocante por meter uma data de coisas no mesmo saco e de revelar falta de informação! Continuarei os seus texto sobre o Brasil, mas quanto à guerra na europa vou ignorar o Guzzo, pois é uma perda de tempo..
Putin pegou duas grandes áreas produtoras de alimentos e minerais da Ucrânia, já está lucrando, enquanto a guerra avança, mais e mais a inflação aumenta na Europa e nos EUA.
O euro está abaixo do dólar.
A Rússia serve pão mofado em seus “McDonalds” russificados… O país não tem peças de reposição para automóveis e sequer consegue fazer manutenção nos aviões civis… Fora a falta de produtos de boa qualidade nos mercados e a miséria aumentando fora dos grandes centros (lógico que em Moscou e São Petersburgo, tudo está uma maravilha)… A China já percebeu que a Rússia não conseguirá o que quer… Até o Cazaquistão abandonou a Rússia. Mas claro, para vocês, tudo vai bem na Rússia, e obviamente, estão vencendo a guerra… Afinal, Pirro também venceu ps romanos.
Me perdoe o mestre Guzzo, mas penso que há uma certa precipitação em suas conclusões.
A resposta econômica (não financeira) demanda mais tempo, sem ejaculação precoce. Se me permite uma opinião, Vsa Excelência não considerou as ações de substituição energética às ofertas da Rússia? Não dá para saber de tudo, não é?
Com mais 8-10 meses de guerra, a Rússia estará num abismo econômico, simplesmente aritmético. Não precisa de matemática e muito menos da manifestação hilária de “especialistas de redação” que pipocam a cada manchete.
È uma ode à saúde mental e ao equilíbrio emocional , ler os artigos de José Roberto Guzzo. Especialmente, nos dias de hoje , quando nos deparamos, com os escrevinhadores da agonizante imprensa dita “tradicional”. Parabéns, Amigo Guzzo.
Realmente, é com grande surpresa que vejo as recomendações do grande estrategista Joe Biden não darem certo. Eu e a Europa, o Canadá, a Austrália, e alguns outros havíamos acreditado nele e caímos do cavalo.
J..R.Guzo simplesmente espetacular sua análise
Eu concordo .Ele falou tudo.
O próximo a cair será: Biden, o alemão ou o lacron dono das girafas da Amazônia?
Kkkkkkkk
Excelente análise. Burger King, Mc Donalds e similares não estão fazendo falta na Rússia. Eles mostram que estão bem preparados para enfrentar a OTAN.
O Zelenski não importou de levar os Ucrâniamos a morte para satisfazer seu ego e dos globalistas. Não respeitou um tratado feito com a Russia uns anos atrás de não fazer parte da OTAN e nem a União Européia respeitou. Deu nisto ai. Se o Zelenski fosse uma pessoa de bom senso, antes da guerra faria um plebscito com o povo Ucraniano e faria um acordo com o Putin. Tem regiões na Ucrânia que querem pertencer a Russia. Eu não levaria o meu povo numa guerra insâna para satisfazer globalistas Europeus e governaria ao lado do meu povo que quisesse ficar comigo. Não respeitaram o Putin e o resultado está ai.
José Agostinho Gomes
E agora, professor Hoc Hoc, “grande especialista” que classificou Putin com fraco e derrotado? Bem, no fim, mais um especialista em nada!
Resumo da ópera: liderança não é para qq um. JMB está no rol dos verdadeiros líderes, fala de igual para igual com um Putin, um Xi, um Trump. Wm excelente análise, Briguet no BSM atribui muito da culpa pelas decisões erradas de BoJo à influência da mulher, uma ativista da “causa” LGbt.
PERFEITO!! INRRETOCÁVEL !!
O Ocidente acabou com esse/essas politicas WOKE nefastas, mimizentas, de gentalha improdutiva e que se acham vitimas de tudo e de todos….menos de suas SEMPRE ERRADAS, escolhas de vida e condutas.
Na publicação do E-vtol Embraer, expus o modus operandi desses canalhas “ocidentais” no trato com outros “países ocidentais” que eles SEMPRE julgam seus VASSALOS …desde 1500.
POR FAVOR LATINOS….ENTENDAM e APRENDAM de uma vez por todas…
SEM ESQUERDISMO POR FAVOR…. pois é isso que Anglo Saxões querem, pois sabem que se ficarmos nessa eterna briguinha INTERNAS (muitas vezes promovidas e incrementadas pelos USA)
Socialismo é um conceito sempre perdedor em matéria de desenvolvimento… SEMPRE!
E os anglo saxões adoram quando países entram nessa divisão/briguinhas..
No Brasil desde 1940 estamos nessa dicotomia atrasa lado….
Embora não seja muito admirado pelos paulistas, Getúlio conseguiu impor uma barreira ao avanço do comunismo no Brasil por 50 anos, com sua política trabalhista atrelada ao Estado. Infelizmente, tb criou a figura do “pai dos pobres”, mais tarde sequestrada pelo execrável lula, colocando o Brasil na beira do abismo do socialismo. Mas com JMB seremos fortes.
Pois é Mestre. Desde o começo da guerra alguns leitores teus alertaram para a narrativa falsa dos europeus e do Biden. E o detalhe importante é de que a maioria das pessoas desconhecem a história e cultura daquela região em conflito por muito tempo. Esses teus leitores avisaram que e deram exemplos, mas a imprensa toda não deu bola quanto ao aspecto que o termo “invasão” estava embaralhado. As províncias rebeldes nunca desejaram fixar na Ucrânia. Quando houve a queda da URSS líderes com a cabeça no lugar que a nova divisão da Europa com limites e fronteiras impostas não ia dar certo. Logo depois veio uma prova disto: a antiga Iogoslávia (que é menos do que o Rio Grande do Sul) foi dividida em cinco países e deu uma guerra muito violenta e que todos os dias aparecia na tv. Assim foi com outras partes. A Ucrânia não escaparia desta má distribuição de frionteiras. O povo russo nunca aceitou esta imposição e chegou ao ponto de se revoltarem e serem bombardeados constantemente pelos militares ucraniano que queriam sufocar a rebelião inclusive com morte de civis, crianças e destruição de escolas e hospitais na região de Donbass. Logicamente os russos pediram ajuda ao Putin que avisou que ia intervir caso não fosse resolvida a questão que já durava uns 20 anos. O Ocidente mostrou que não queria paz ao alimentar o “heroismo” de Zelinski e forneceu armas e dinheiro. Está aí o flagelo completo. Putin não é o FErnandez nem o Lula que queria fazer a paz num boteco tomando cerveja. E o povo russo não é a torcida de um clube de futebol. Infelizmente muitos leitores ficam lendo matérias incompletas e com narrativas fabricadas por quem tem interesse na destruição de nossa Democracia. Veja que muitas pessoas democratas e cristãs não estão condenando amplamente o Putin e estão desconfiados do novo EUA.
Na vdd, quem fez uma boa analise sobre isto (culturas dessemelhantes num msm país) foi, por incrível que pareça, a Dilma Roscoff.
Ver a cara de tacho dos excepcionalistas, cabeças-ocas , até que está sendo divertido, mesmo sabendo que o inverno promete ser rigoroso.
Excepcionalista: gostei.
Sanções econômicas nunca deu certo, Cuba está aí como exemplo. Continua na mesma situação, ou seja, pobre e socialista.
Parabéns, mestre Guzzo! Excelente texto.
Há tempos que eu escrevo aqui que Putin não é um inexperiente, o ator ucraniano não é santo ( fica claro que ele é um colaborador da NWO e provocou essa guerra com múltiplas intenções, pois Putin avisou que iria à guerra e buscou negociar várias vezes, mas a delegação ucraniana se negou a fazê-lo ), logo, tinha e tem algo de estanho nessa guerra patrocinada pelo Ocidente. A NATO é uma organização inútil que deveria evitar guerras, mas faz de tudo para que elas aconteçam, vide guerras na África e no próprio Continente Europeu, ou será que as pessoas já se esqueceram da guerra nos Balcãs? Ali, a NATO deixou a guerra correr por um bom tempo e muitos civis morreram de ambos os lados.
Nenhuma sanção fez cócegas no presidente russo, na Rússia. O Ocidente perdeu essa e se os “líderes” ocidentais fizerem questão de avançar nisso por mais tempo, haverá fome e frio na Europa, no próximo inverno por lá. Ou a NATO/EU busca a paz ou a opção será muito, muito grave para o mundo: uma guerra nuclear. Bem, talvez seja isso que essa organização inútil, a NATO/ONU, quer. Oremos.
Portanto, louvemos JMB que entendeu isto antes de todo mundo, se apressou a falar com Putin logo antes da guerra, e garantiu nosso fertilizante e talvez, diesel e petróleo.
O globalismo vem dominando a Europa há pelo menos 50 anos … fomentam a ideologia de gênero, liberação das drogas, linguagem neutra, domínio de órgãos internacionais (oms, ocde, Otan, onu, direitos humanos …) sem votos do povo, lutas de classes (Rico x Pobre, Homem x Mulher, Negro x Branco, homo x hetero, vacinados x não vacinados …) com movimentos do tipo blm, feministas, lgbt, antifas …. ” Politicamente correto” … mimimi de manhã, tarde e noite…. O problema é que essa geração já tem 50, 60 anos de idade e hoje chegam ao poder/ comando da Europa …. 😳😳😳
OTAN avança no leste Europeu … Começa a guerra entre Rússia e Ucrânia … De um lado o Putin, com 50 anos de KGB, táticas de espionagem e guerra, conhecimento em psicologia, armamentos, geopolítica…. Do outro lado o zelensky, dançarino de boate e com todo o conhecimento das pautas do globalismo citadas acima, apoiado por países Europeus, cujos ministros da defesa possuem mestrados e doutorados em ideologia de gênero, linguagem neutra, diversidade, meio ambiente, aquecimento global e outras pautas do mimimi … adivinhem como isso vai acabar … 🤔🤔🤔
No início a Europa se junta com o EUA e exigem ao mundo sanções econômicas contra a Rússia, contudo o mundo não aguenta mais essas narrativas do globalismo Europeu … ficam neutros nesse conflito, ou seja, não a qualquer sanção contra a Rússia, pois precisam de combustíveis, minérios e alimentos provenientes da Rússia.
E agora ???? 🤔🤔🤔
EUA, povo e congresso, percebem a besteira que fizeram ao eleger o Biden (com fraudes e apoiado pelo globalismo europeu) … Se afastam da Europa e deixam transparecer que isso é um assunto da Europa … Japão e outros vão no mesmo caminho ….
Resumindo: a Europa vai ficando isolada, com seus dirigentes idiotizados… não sabem mais o que fazer … sem combustíveis e alimentos… 😳😳😳
Estão colhendo o que plantaram…. Simples assim.
E que o Brasil aprenda com os erros da Europa, ou seja, não ao globalismo/ socialismo. Precisamos preservar nossa cultura Judaico Cristã.
Família, Religião, Liberdade, Democracia e Pátria. 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Mais uma vez Bolsonaro estava certo em sua política de neutralidade , olhando para o povo brasileiro , sem bravatas e sem show pirotécnico como a união europeia , o Reino Unido e os Americanos esquerdistas.
Assino e dou fé.
Esse ocidente que conhecíamos já não existe mais. Não adianta “conservadores” tipo Constantino ficarem despejando que apesar de tudo a cultura ocidental é o bem. Esse bem hoje é relativo quando “esse bem” insiste e obrigado todos a seguirem as regras impostas por ONGS de direitos humanos e do clima, além daquelas de ideologia de gêneros. A Rússia, a China, o Brasil, o Japão, a Índia e alguns outros países não querem participar desse ocidente hipócrita que quer a destruição das culturas tradicionais e das famílias.
Boa!!!É o Brics com um grande “J” de Jair e de Japão.
E o pior de tudo isso é que expôs a fraqueza destes países do chamado Ocidente Civilizado. Fraqueza econômica, política e também militar e isso é preocupante, pois pode até desencadear uma reação desproporcional do outro lado, a menos que também estejam em situação semelhante, nunca se sabe.
Excelente análise.
Biden não se mostrou tecnicamente capaz ao fugir do Afeganistão. Não tem a obrigação de ser um especialista em estratégia militar, mas que diabos, não faltam aos EUA profissionais gabaritados na área. Não envia soldados para ajudar a Ucrânia mas envia armamentos e informações. Certas ideologias só conseguem manipular as pessoas até certo nível. Sair da bicicleta às vezes é tão difícil quanto sair de um país em guerra.