Adriana Ventura (Novo-SP) é formada em administração e atua como professora de gestão e empreendedorismo na Fundação Getúlio Vargas. Foi eleita deputada federal por São Paulo, sua terra natal, em 2018. Nos quatro anos de mandato, a parlamentar diz ter defendido pautas importantes para os liberais, como a liberdade de imprensa e a liberdade econômica.
Nas redes sociais, Adriana tem criticado a violência política e o vandalismo. “Quem pensa diferente não pode ser transformado em inimigo nem deve ser calado”, afirma a deputada, em entrevista a Oeste. “É importante haver diálogo e respeito às diferenças.”
Na entrevista, a parlamentar criticou o autoritarismo do Supremo Tribunal Federal (STF), lamentou a falta de liberdade de imprensa no Brasil e disse que o Congresso está de joelhos para o Judiciário. A seguir, os principais trechos.
— Qual a sua avaliação sobre o atual momento político do Brasil?
Estamos vivendo uma crise muito séria, causada pela polarização e pela intolerância política. Os Poderes não atuaram em plena harmonia nos últimos tempos. Falta diálogo republicano. Vimos muitas ações e omissões de membros de todos os Poderes — tudo pelo jogo político, e não pelos interesses do Brasil. As instituições precisam ser maiores que seus integrantes. Quando quem pensa diferente é calado, ou, pior ainda, transformado em inimigo, a democracia dá lugar ao autoritarismo e aos conflitos. Política não deve ser uma guerra civil entre diferentes modos de pensar. Política deve ser o espaço do diálogo, do respeito à diferença, da racionalidade. O objetivo não pode ser eliminar o adversário, mas conviver com ele e buscar o melhor consenso possível. E o que temos hoje? Ações extremas, mensagens de ódio, intolerância.
— A senhora divulgou uma mensagem no Twitter, no último dia 5, sobre a censura e a importância da imprensa para a democracia. A imprensa, no Brasil, é livre?
Quando a imprensa de um país é impedida de exercer o seu papel, a democracia desaba. Não cabe ao Tribunal Superior Eleitoral nem ao STF a função de “censor”. A imprensa, no Brasil, deixou de ser livre. Temos visto veículos de comunicação serem impedidos de publicar reportagens e opiniões — e até documentários. Temos visto veículos de imprensa serem asfixiados e terem suas receitas nas redes sociais cortadas. Temos visto veículos de mídia praticarem autocensura. Não há país livre sem liberdade de imprensa e de opinião.
— Na mesma postagem, a senhora falou sobre a liberdade da imprensa ser “um pilar para o sistema democrático e para o equilíbrio entre os poderes”. A senhora acredita que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário estão equilibrados?
Não há equilíbrio entre os Poderes. Já disse em plenário que o Legislativo está de joelhos para o Judiciário. As canetadas monocráticas estão valendo mais do que todo o processo de discussão do Legislativo. O desequilíbrio entre os Poderes é um dos motivos, aliás, pelos quais defendo o fim do foro privilegiado. O Executivo se põe como refém do Congresso, tem sua atuação limitada pelo Orçamento. A Constituição virou a lei mais instável do país — quer seja pelas constantes alterações promovidas pelo Congresso, quer seja pela oscilação na jurisprudência do STF. O Brasil precisa se reorganizar. Precisamos de reformas profundas e construídas pela boa política.
— Em relação ao Partido Novo, qual será a atuação da legenda na Câmara?
O Novo é um partido liberal, de direita. Isso quer dizer que defende a liberdade — liberdade econômica e liberdade individual. Queremos diminuir o peso do Estado na vida do cidadão. Queremos que o Estado seja eficiente e foque sua atuação no que é essencial — ou seja, na saúde, na educação, na segurança. Nosso papel será de oposição ao governo, mas sempre apoiando o que for bom para o Brasil. A partir daí, pode-se perceber o importante papel que o Novo terá nesta nova legislatura: impedir a sanha de estatização, impedir que haja retrocessos. Defendemos privatizações, reformas estruturantes, desburocratização, redução de impostos e outros temas. Sem esquecer que teremos de acentuar ainda mais o papel de fiscalização.
— Dados do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro começaram a ser divulgados, com base na Lei de Acesso à Informação. A senhora tem um projeto de lei sobre o tema em tramitação na Câmara. Qual o objetivo da proposta?
Na verdade, tenho mais de 12 projetos de lei para melhorar a Lei de Acesso à Informação. A LAI prevê dois tipos de transparência: a ativa, que disponibiliza imediatamente os dados dos órgãos públicos, e a passiva, quando os dados são disponibilizados a partir de solicitações por parte do cidadão. Com transparência é mais fácil evitar a corrupção, e há possibilidade de um debate mais amplo e qualificado das políticas públicas. Várias brechas jurídicas são aproveitadas, e vários decretos vão contra o espírito da Lei de Acesso à Informação — num esforço imoral para permitir o mau uso do poder público e do dinheiro dos pagadores de impostos. Um dos meus projetos de lei, o PL 3.101/2022, garante a transparência de informações sobre agentes públicos no exercício de suas funções e sobre agentes privados que recebam ou gerenciem recursos públicos. A LAI é soberana. O poder público não pode negar acesso a informações com base na Lei Geral de Proteção de Dados — elas precisam ser harmonizadas, sempre.
Os brasileiros de direita estão sendo caçados e presos pelo Alexandre de Moraes e demais do STF na mesma proporção em que os JUDEUS foram caçados pelos NAZISTAS nos primeiros anos de guerra. Essa é a verdade no Brasil.
De qual universo saiu esta Adriana Ventura? Com as frases que disse seu nome poderia ser “Aventura”. Olha a estupidez, parece ser uma ovelha negociando com dois lobos o cardápio do jantar. Ela diz: “O objetivo não pode ser eliminar o adversário, mas conviver com ele e buscar o melhor consenso possível.” “Precisamos de reformas profundas e construídas pela boa política.” Será que ela não sabe quem são os petralhas, suas trapaças e plano de domínio tirânico para o Brasil?
Que tal abrir a CPI do código fonte ?
O Novo não tem nada de novo. Com raras exceções, o Novo é mais do mesmo. Executivos ” limpinhos”, que não tem proposta prática para o Brasil, teóricos.
Ela chegou a ouvir algum membro dos milhões de manifestantes pacíficos que ficaram nas ruas sob chuva, frio e etc por mais de 60 dias?
Estamos muito mal de representantes das classes D,E,F e etc.
Novo é o partido formado por: banqueiros, empresários, advogados e etc; não vejo quantitativo de representantes das classes D, E, F no Partido.
Ótimas colocações
O Novo é um ParTido eivado das mazelas dos demais. De novo nada tem.
Infelizmente o Novo30, partido que ajudei… e muito ….a conseguir ser homologado, perdeu-se…..infestaram o partido com figuras abjetas do MBL/Doria ou tucanalhas (gestão MEIRA e corroborado por Fuentes) depois …CLARO …da trabalhosa coleta de assinaturas e efetiva diplomação….coisas que ojerizavam os sapatênis TRABALHO com o povo…nas ruas e praças… Coisa que o V30 fazia com competência e maestria estratégica.
O mantra insosso, ingênuo e que chega até ser calhorda por sua covardia é…. “Somos oposição, mas ajudados a aprovar o que é bom para o Brasil..”
TEM narrativa MAIS imbecil, covarde, conivente com o MAL do que essa argumentação???
As esquerda fluem com sagacidade, esperteza de lobos quando identificam ovelhas com esses discurso…
Taí a aprovação do novo 30 da famigerada agenda 2030…. Eram tópicos limpinhos, cheios de virtudes e bom senso que até o Cristhian Loubauer… defendeu essa insensatez que escondia em suas linhas o quê assistimos hoje…. FRAUDE eleitoral descarada, conluio odioso entre judiciário, imprensa, oligarquias familiares do empresariado, e LEGISLATIVO.
Lambam as feridas novo30…feridas essa deixadas por João Amoedo e sua equipe de miquinhos amestrados do DN
Parabéns Danton.
Falou um monte de coisas que já sabemos. E?
Esse discurso limpinho tá resolvendo o problema do país?