Os ministros e demais servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ganharam um plano de saúde que vai custar cerca de R$ 80 milhões. O contrato com a Unimed tem duração de três anos.
Publicada na terça-feira 4, no Diário Oficial da União, a tratativa tem as digitais do governo Lula, responsável por firmar o contrato com a seguradora.
Plano de saúde do TSE é ponta do iceberg
Com aproximadamente 30 mil servidores, a Justiça Eleitoral dispõe de uma verba de R$ 10 bilhões para gastar neste ano. O valor ultrapassa o orçamento anual de cidades como Guarulhos (1,4 milhão de habitantes e orçamento de R$ 4,26 bilhões), Manaus (2,2 milhões e R$ 6,25 bilhões) ou Porto Alegre (1,5 milhão e R$ 8 bilhões) e é superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de 5.459 dos 5.570 municípios brasileiros.
O montante inclui os gastos do TSE, que corresponde a mais de R$ 2 bilhões, dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (somados, R$ 6 bilhões) e do Fundo Partidário (quase R$ 1 bilhão). Mas não inclui o Fundo Eleitoral, que neste ano ultrapassou a marca de R$ 2 bilhões.
Embora as eleições sejam bienais, as despesas com a Justiça Eleitoral nunca diminuem. Em 2019, por exemplo, foram quase R$ 8 bilhões. Em 2018, R$ 9,5 bilhões e, em 2017 e 2016, R$ 7 bilhões por ano. Cerca de 70% desse orçamento financia despesas com pessoal, tanto da ativa quanto os aposentados.
A média salarial bruta de um funcionário do TSE é de R$ 17 mil. Presidente da Corte, Alexandre de Moraes embolsa cerca de R$ 10 mil pelo trabalho no tribunal mais quase R$ 46 mil como ministro do STF (sendo R$ 39 mil de salário e R$ 6,5 mil do chamado “abono de permanência”). Total: R$ 55 mil.
Assim como a jabuticaba, o brigadeiro, o pão de queijo, a tomada de três pinos e o frescobol, a Justiça Eleitoral também é uma brasileirice. Na maioria dos países, pendências eleitorais são decididas pela Justiça comum.
“O modelo brasileiro surgiu por causa das fraudes eleitorais rotineiras durante a República Velha, quando os pleitos eram organizados pelo Executivo federal e lideranças locais”, explica o procurador regional da República Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, que foi procurador eleitoral até setembro deste ano e acredita na eficácia do sistema brasileiro. “Naquela época havia, por exemplo, o ‘voto de cabresto’, quando os coronéis levavam os eleitores para votar em quem eles mandavam.” Vem daí a expressão “curral eleitoral”, já que o povo era conduzido como se fosse um rebanho.
Leia também: “Fora do jogo”, reportagem publicada na Edição 171 da Revista Oeste
Continuamos no voto do cabresto a um custo exorbitante.
A verdade nua e crua não é zelar pela imparcialidade e clareza de pleitos eleitorais.
O nome deste puxadinho do STF, como tantos outros nesta República Tupiniquim, chama-se “cabide de bons empregos para os amigos do rei”.
Absurdo, atrás de absurdo!!!!
Aliás, a “,justiça” no Brasil é a MAIS CARA DO MUNDO
e, pior, a MAIS ODIADA, né????
Tá explicado, é uma ponta da bagunça ..
O CUSTO FINANCEIRO DA JUSTIÇA NO BRASIL É UMA AFRONTA À SUA POPULAÇÃO, ASSIM COMO OS DEMAIS CUSTOS FINANCEIROS DOS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVOS.
Meu comentário abaixo saiu errado.
O que falo é que este TSE precisa ser extinto. Concentração de poder ineficiente, e custosa a sociedade.
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É nojento ver a cara de pau destes previlegiados que tanto adoram falar das desigualdades existentes em nosso Brasil. Façam a sua parte e paguem dos seus salários e ganhos como nós mortais do outro lado da cerca de arame farpado!
Funcionários públicos do poder Executivo têm que pagar plano de saúde por conta própria, como qualquer cidadão que quer ter um plano de saúde, não tem essa mordomia entre tantas outras do tal de “judiciário”, que todos sabemos o que é, para que serve e, principalmente, a quem ele serve..
Enquanto o povo paga à conta desta gastança, muitos morrem sem ter um atendimento médico ou mesmo qdo tem atendimento, fica sujeito ao caráter daqueles enfermeiros que cuidam do paciente, enquanto muitos são ótimos e dedicados ao seu dom de cuidar dos enfermos, sempre tem uma ovelha negra entre os bons. Eu presenciei a atuação de um funcionário da UNIMED o enfermeiro no turno da noite cuidando de um paciente terminal recebendo tratamento paliativo, e com dores insuportáveis, ele fez de conta que aplicou à morfina, mas na realidade a âmpola ficou intacta, com certeza ele estaria vendendo a droga nas ruas da cidade.
Infelizmente com um Charlatão e Ladrão na presidência da república o exemplo é explícito: “O roubo compensa”.
Para nós que permanecemos fiéis aos nossos princípios, o ideal moral sob o qual muitos de nós fomos criados, ser honesto e não causar o mal, será que a verdade realmente importa? Na minha vida isso realmente acontece. As mentiras que aceitamos dos outros são como um muro entre nós e a realidade, e ficar isolado da realidade é o maior mal de todos. A realidade não desaparece porque não a vemos. Ela nos atinge como uma tonelada de tijolos quando menos esperamos.
Enquanto os deuses da corte suprema têm esse plano de saúde ‘top’, a maioria da população brasileira sequer tem atendimento pelo SUS. Que país é esse?
Enquanto isso eu pago na Unimed uma mensalidade de R$ 600,00 pelo plano de Enfermaria.
Isso é uma palhaçada.