Em frente ao Alvorada, o presidente comentou com apoiadores o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel
O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta sexta-feira, 28, a operação que autorizou o afastamento o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). “O Rio está pegando fogo hoje. Está sabendo do Rio hoje?” disse o presidente para um apoiador em frente ao Palácio da Alvorada.
Além de Bolsonaro, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, também comentou a situação do governo carioca. De acordo com Mourão, será muito “difícil” que Witzel volte para o cargo.
“Eu lamento pelo povo do Rio de Janeiro que sofre a ausência de Estado. Eu acredito que, ao longo desses próximos seis meses, o processo de impeachment dele [Witzel] deva avançar”, comentou Mourão.
Witzel acusa Bolsonaro
Agora afastado, Wilson Witzel afirmou que a Justiça brasileira está sendo usada para fins políticos.Além disso, sugeriu que a família presidencial está por trás do processo que o apeou do poder.
“A subprocuradora Lindôra Araújo está se especializando em perseguir governadores e desestabilizar Estados. A imprensa já noticiou que ela tem um relacionamento próximo com a família Bolsonaro. O presidente da República já declarou que quer o Rio de Janeiro”, disse o político.
O afastamento do governador foi autorizado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves. A medida tem validade inicial de 180 dias.
A ordem de afastamento é decorrência da delação premiada do ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, e de duas operações realizadas em maio.
De acordo com os investigadores, a partir da eleição de Wilson Witzel, estruturou-se no âmbito do governo estadual uma organização criminosa. Aliás, essa organização era dividida em três grupos que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
O choro é livre mas roubar não.