(J. R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 9 de novembro de 2024)
Encerrada a eleição presidencial nos Estados Unidos, com a vitória de Donald Trump, uma das perguntas fundamentais a ser feita é: como foi possível os americanos escolherem, em eleições livres, um candidato maciçamente descrito como fascista, ou nazista, um psicopata terminal que vai impor uma ditadura e declarar a Terceira Guerra Mundial? Resposta: nada disso, nunca, fez o menor nexo. O Trump que a esquerda, as classes civilizadas e os cientistas políticos inventaram simplesmente não existe.
O que existe é uma óbvia maioria que não quer o que essa gente quer, não tem mais paciência com as suas posturas irracionais e não acredita em nada do que dizem. O problema, no mundo das realidades, não é Trump. São eles. Estão vivendo, e não só nos Estados Unidos, dentro de um sistema de pensamento e de ação que trocou o raciocínio lógico pelo fanatismo das crenças. É uma espécie de Islã mental. Você tem de acreditar em vez de pensar — ou acredita, ou é um inimigo da “democracia”.
No caso de Trump era rigorosamente obrigatório acreditar, desde logo, no paradoxo pelo qual um ditador-monstro iria criar a sua ditadura disputando eleições democráticas. Ninguém, em lugar nenhum, quer viver numa tirania. Se Trump fosse mesmo um tirano enlouquecido, por que raios o eleitor iria votar nele? Era indispensável pensar, também, que Trump não teria dificuldade nenhuma em fechar o Congresso, eliminar o mais poderoso sistema judicial que o mundo já viu e transformar as Forças Armadas numa milícia pessoal como é na Venezuela.
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Foi daí para baixo. Trump vai fazer “deportações em massa”. Vai mandar o Exército americano “matar oponentes”. Vai fazer guerra aos “latinos”, aos negros e às “minorias”, tudo ao mesmo tempo. Não passou um dia, nos últimos meses, sem você ouvir essas coisas. O resultado foi uma derrota histórica desta lavagem cerebral — uma das mais incompetentes, bisonhas e estúpidas jamais tentadas na vida política de uma nação. Tentou-se vencer os fatos com a mentira em massa. Deu errado.
A derrota não foi de uma candidata patentemente inepta e, muitas vezes, absurda em sua campanha. Foi, mais do que isso, o colapso de uma miragem em modo extremo de arrogância: o eleitor vai nos obedecer cegamente e votar em qualquer poste que a gente escolher. Sabe-se bem quem é “a gente”. É a esquerda que trocou o povo pelo controle da máquina estatal. São os intelectuais, a maioria da mídia e os bilionários modernos. É o mundo das “ideias”, contra o mundo da produção.
Sua convicção suprema, e oculta, é que a maior ameaça do mundo atual é a vontade da maioria. O perigo não é Trump. São as eleições limpas.
Leia também: A democracia falou, artigo de J. R. Guzzo publicado na Edição 242 da Revista Oeste
EXCELENTE ARTIGO. QUANDO O BOM SENSO ADVEM DA REJEIÇÃO DE NARRATIVAS EIVADAS DA MAIS EXTREMA MÁ INTENÇÃO, É ISSO O QUE ACONTECE. E QUE ASSIM SEJA, PARA TODOS OS SÉCULOS E SÉCULOS !!!
Nesse brilhante artigo, so mudar Trump por bolsonaro para descrever o que aconteceu en 2022 no Brasil. A grande diferencia é que là, existe uma justiça e o STF deles presta
“Se Trump fosse mesmo um tirano enlouquecido, por que o eleitor iria votar nele?”
Ora, por óbvio que a maioria dos eleitores não votaram em Trump pelo motivo que a maioria dos eleitores, não eram doentes mentais, alienados, ignorantes a ponto e corruptos.
Esses são os motivos: Trump não é ditador e a maioria dos eleitores são pessoas de bem, não doentias e com mínima lucidez para tanto!
Não teremos mais que lutar contra esses bizonhos, a peia levada nos EUA, se não fazê-los mudar o conceito de política e a forma de imposição dos seus pensamentos, de que só eles são a democracia, brevemente teremos um novo mundo em que a esquerda não mais existirá, o que de fato será um perigo para a democracia, pois um só pensamentos leva-se para a atitude de manada o que não será salutar para o livre pensamento e a liberdade de escolhas.
Ninguém acredita mais nas agendas falsas da esquerda. Defesa do meio ambiente: só se preocupam com a Amazônia queimando se o governo for de direita; Pautas LGBTQ+: calam-se se gays são mortos pelos regimes comunistas; Feminismo: está tudo bem se mulheres são apedrejadas por falta de véu ou por adultério nas teocracias aliadas; Fake News e ataques à democracia é tudo aquilo que contraria a esquerda; Corrupção: não se importam e até perdoam os assaltos aos cofres públicos pelos companheiros.
A extrema esquerda está ultrapassada, suas narrativas não tem mais nenhum sentido racional, defendem pautas que ofendem a o bem estar, o raciocínio lógico e é altamente agressiva e deseducativa, querem destruir as bases da cultura ocidental, enterrar milênios de grandes conquistas, nunca conseguirão, essa vitória retumbante de Trump é um cala boca nessa agenda. O aparecimento de uma pandemia justamente quando começou a ruir essa agenda esquerdista foi muito estranha, os números dessa eleição se contrapõem ao resultado da eleição de 2020, nos Estados Unidos, tudo foi muito estranho. Aquela pandemia só serviu para criar fantasias e normas ditadas por uma agência de saúde governada pela ONU que se tornou totalmente inconfiável pois tem grande patrocínio de potências ditatoriais com interesses econômicos e geopolíticos, contra os governantes das grandes nações democráticas que estavam indo muito bem, com altos índices de aprovação popular e que tiveram a interrupção de seus governos, justamente por narrativas mentirosas.
Guzzo, vale sempre aquela velha máxima esquerdista: “chame-os do que você é, acuse-os do que você faz.
Ótimo artigo! Se pelo menos os esquerdistas lessem… mas duvido. Eles fogem dessas notícias como o diabo da cruz!