O custo de obras emergenciais, que não exigem licitação, gasto pela Prefeitura de São Paulo disparou 10.400% em cinco anos. O valor destinado para esse tipo de manutenção saltou de R$ 20 milhões, em 2017, para R$ 2,1 bilhões em 2022, primeiro ano da gestão do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Em relação a 2020, último ano da gestão Bruno Covas (PSDB) no município, o aumento dos gastos foi de 1.313%, quando Nunes assumiu o cargo.
O levantamento, divulgado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, tem como base dados do Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre contratos das secretarias municipais de Infraestrutura Urbana e Obras e de Subprefeituras, pastas que concentram os contratos emergenciais.
Obras superfaturadas?
Segundo a auditoria, em 90% dos casos houve falta de planejamento da pasta para resolver problemas históricos, o que o órgão chamou de “emergência fabricada”.
Auditores do TCM realizaram diligências em 18 obras e identificaram um superfaturamento com prejuízos de R$ 67 milhões aos cofres públicos. Outros R$ 39 milhões foram gastos sem justificativa. De acordo com o relatório, uma série de obras emergenciais pela gestão de Nunes poderiam ter sido feitas mediante licitação.
A maioria dos valores destinados às obras sem licitação foi direcionada a dez empresas, que respondem por 63 intervenções. A empresa que lidera tem 11 vínculos sem licitação com a Prefeitura.
Os auditores analisam as respostas enviadas pela gestão de Nunes.
“Quando a instrução do processo for concluída, ele será levado para a deliberação do plenário”, disse o TCM.
‘Interesses eleitorais’ contra Nunes
Nunes atribuiu o relatório do TCM a interesses eleitorais, de acordo com a reportagem da Folha. Ele deverá disputar a releição no ano que vem.
“Não há que se falar em superfaturamento, é uma irresponsabilidade fazer isso. Vai chegando perto da eleição, todo mundo vai ficando exaltadinho”, declarou o prefeito.
Em nota, a Prefeitura afirmou que “o aumento na contratação de obras emergenciais se deu por conta das demandas encaminhadas pelas subprefeituras à Secretaria (de Infraestrutura Urbana e Obras”, que já prestou explicações ao tribunal de contas.
A Prefeitura também disse que “as empresas contratadas são previamente cadastradas na secretaria de acordo com suas características técnicas, determinadas pelo Certificado de Registro Cadastral (CRC)”.
SE ESTA ASSIM COM RICARDO NUNES JA VAMOS A VER O QUE SUCEDE COM BOULOS QUE E UM CARA MUITO PIOR.
Camadas crescentes de terraplanagem, asfalto, brita e derivados … na NF … e distribuídos …