A Transparência Internacional rebateu o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, 5, após o juiz do STF autorizar uma investigação contra a ONG, na manhã de hoje.
Conforme a organização, ela “jamais recebeu ou receberia, direta ou indiretamente, qualquer recurso do acordo de leniência do grupo J&F ou de qualquer acordo de leniência no Brasil”.
“A organização tampouco teria — e jamais pleiteou — qualquer papel de gestão de tais recursos”, observou a ONG. “Através de acordos formais e públicos, que vedavam explicitamente o repasse de recursos à organização, a Transparência Internacional — Brasil produziu e apresentou estudo técnico com princípios, diretrizes e melhores práticas de transparência e governança para a destinação de ‘recursos compensatórios’ (multas e recuperação de ativos) em casos de corrupção.”
Na decisão, Toffoli determinou uma apuração dos serviços prestados pela Transparência Internacional ao Ministério Público Federal, à época da Lava Jato.
“Reações hostis ao trabalho anticorrupção da Transparência Internacional são cada vez mais graves e comuns, em diversas partes do mundo”, revelou a ONG. “Ataques às vozes críticas na sociedade, que denunciam a corrupção e a impunidade de poderosos, não podem, no enfatizar, ser naturalizados. Seguiremos cumprindo nosso papel na promoção da transparência e da integridade no Brasil e no mundo.”

Leia a nota completa da ONG, sobre a decisão de Toffoli
“Em resposta à decisão do ministro Dias Toffoli divulgada hoje, a Transparência Internacional — Brasil esclarece, mais uma vez, que são falsas as informações de que valores recuperados através de acordos de leniência seriam recebidos ou gerenciados pela organização.
A Transparência Internacional jamais recebeu ou receberia, direta ou indiretamente, qualquer recurso do acordo de leniência do grupo J&F ou de qualquer acordo de leniência no Brasil. A organização tampouco teria — e jamais pleiteou — qualquer papel de gestão de tais recursos. Através de acordos formais e públicos, que vedavam explicitamente o repasse de recursos à organização, a Transparência Internacional — Brasil produziu e apresentou estudo técnico com princípios, diretrizes e melhores práticas de transparência e governança para a destinação de “recursos compensatórios” (multas e recuperação de ativos) em casos de corrupção.
O relatório incluía recomendação de que o Ministério Público não deveria ter envolvimento na gestão destes recursos. O estudo e as recomendações não tiveram e não têm qualquer caráter vinculante ou decisório. O Memorando de Entendimento que estabeleceu esta cooperação expirou em dezembro de 2019 e não foi renovado, encerrando qualquer participação da Transparência Internacional. Tais alegações já foram desmentidas diversas vezes pela própria Transparência Internacional e por autoridades brasileiras, inclusive pelo Ministério Público Federal.
Apesar disso, essas fake news vêm sendo utilizadas há quase cinco anos em graves e crescentes campanhas de difamação e assédio à organização. Reações hostis ao trabalho anticorrupção da Transparência Internacional são cada vez mais graves e comuns, em diversas partes do mundo. Ataques às vozes críticas na sociedade, que denunciam a corrupção e a impunidade de poderosos, não podem, no enfatizar, ser naturalizados. Seguiremos cumprindo nosso papel na promoção da transparência e da integridade no Brasil e no mundo”.
Parece que a ‘narrativa’ não cola no resto do mundo, não é mesmo? Dizem os vendedores mais experientes que mais importante que o produto é o storyteling. E é isso que os fazedores da 12ª letra do alfabeto compram. Depois que abrem o pacote vê que é uma porcaria e para não passarem vergonha, falam que era aquilo mesmo que queriam.
Com apoio do judiciário, o Brasil se tornou o paraíso dos corruptos.
Brasil… O País onde o Bandido investiga o Mocinho. Me lembra uma tal de Venezuela.
O braziu cansa, se as normas valessem para todos, seria interessante… mas não é assim que funciona nesta pocilga.
Pena que a investigação, como todas, vai ser sigilosa
Será que alguma instituição internacional de países democráticos pode dar um basta a esse autoritarismo do STF?
Xandão já já começa a berrar que a Transparência Internacional está atacando a democracia
Ministro do Supremo divulgando fake tem que ser investigado e deposto de seu cargo, onde esta a PF.
o Tófoli nem está aí. É capaz de levar o documento para o banheiro.
Fica muito difícil , até impossível , comentar o nível de despudor das atitudes e decisões desse togado. Esse nível de desfacatez não poderia sequer ser imaginado há algum tempo. Perdeu completamente a noção de pudor e decência . A gente que se lasque de tanta indignação !