A ONG Transparência Internacional – Brasil expressou preocupação sobre a gestão do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann. Em publicação no Twitter/X nesta quinta-feira, 30, afirmou que o líder pode descredibilizar uma “instituição respeitada internacionalmente”.
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A Transparência Internacional destacou que “é extremamente preocupante que o atual presidente possa colocar essa credibilidade em risco”.
Em meio à pressão dos servidores do órgão, Pochmann suspendeu temporariamente a Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do instituto, IBGE+, que recebe críticas como ‘IBGE paralelo’.
O IBGE é uma instituição respeitada internacionalmente. Ela cumpre função essencial de produção e transparência de dados vitais sobre e para o país. Por isso, é extremamente preocupante que o atual presidente possa colocar essa credibilidade em risco.⁰⁰Na Argentina, o INDEC,… pic.twitter.com/OsSwpssGK2
— Transparência Internacional – Brasil (@TI_InterBr) January 30, 2025
A ONG enfatizou que é “fundamental que os funcionários do IBGE continuem resistindo à politização e que a sociedade e as instituições brasileiras se juntem a essa defesa”.
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Ao citar o exemplo do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) na Argentina, a ONG alertou para os riscos da politização desses tipos de institutos. Conforme a publicação, durante os governos kirchneristas, o Indec sofreu “sequestro político”, o que levou a apagões de dados e denúncias de manipulação. Isso comprometeria a reputação e a credibilidade internacional da Argentina.
IBGE: críticas internas e acusações
Na última semana, 134 servidores do IBGE divulgaram uma carta aberta com críticas à gestão de Pochmann. O manifesto apoia diretores e líderes do alto escalão, que pediram exoneração, e manifesta solidariedade ao sindicato do IBGE — alvo de ataques pela atual gestão, segundo os funcionários.
Os servidores acusam o atual presidente de adotar posturas autoritárias e desrespeitar o corpo técnico. Em 15 de janeiro, um comunicado à sociedade representou, conforme os servidores, um ataque inaceitável à integridade ética dos trabalhadores e do sindicato.
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Não é só o IBGE, nada relacionado a este governo tem credibilidade.