Na quarta-feira 10, o grupo de oposição composto pelos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO), Ricardo Salles (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Julia Zanatta (PL-SC) e Marcos Pollon (PL-MS) estiveram presentes no Parlamento Europeu em Bruxelas, na Bélgica, para uma reunião com o grupo Conservadores e Reformistas Europeus (ECR).
A reunião ocorreu em meio à agendas na Europa para reforçar as críticas às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e inclui ainda uma visita à Corte Internacional de Justiça em Haia, nos Países Baixos.
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Durante sua fala, Gustavo Gayer falou das medidas de repressão aplicadas pelo judiciário brasileiro e afirmou que, atualmente, o Brasil é um “campo de batalha” para um novo tipo de regime ditatorial. Ele também classificou o atual cenário político do país como uma “transdemocracia”: uma ditadura que se identifica como democracia.
“Ao longo da história da humanidade, estabelecemos dispositivos e instituições com um único objetivo em mente: garantir que uma tirania não aconteça novamente, estou certo?”, indagou Gayer. “Mas a tirania é como um vírus. Eles sempre encontram uma maneira de usar o que foi estabelecido para garantir que retornem ao poder. […] Eles se adaptaram, novamente, o Brasil é hoje, talvez, o campo de batalha para esse novo tipo de ditadura”.
Para o deputado, o país se tornou uma espécie de “experimento” para um regime totalitário. “É um laboratório de como implementar uma ditadura disfarçada de país livre, de democracia”, acrescentou. “E se tiver sucesso no Brasil, não tenha dúvida, terá sucesso em todos os outros lugares do mundo”.
Em entrevista ao jornalista Sergio Tavares, Eduardo Bolsonaro afirmou que a reunião com os eurodeputados foi “muito positiva” e espera que, diante do embate entre o empresário Elon Musk e o ministro Moraes, o Senado Federal aprove um requerimento para abrir o diálogo sobre a censura no Brasil.
Em Haia, os deputados planejam destacar violações de direitos dos presos ligados aos eventos de 8 de janeiro de 2023 para ampliar o debate sobre o assunto.
Comitiva da oposição nos EUA foi liderada por Eduardo Bolsonaro
A ida à Europa faz parte dos esforços da oposição para denunciar internacionalmente alguns dos acontecimentos recentes do Brasil.
Em 15 de novembro do ano passado, nove deputados da oposição estiveram nos EUA, onde disseram ter ido “mostrar ao mundo” o que se passa no Brasil.
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Além do filho de Jair Bolsonaro, participaram os senadores Magno Malta (PL-ES) e Jorge Seif (PL-SC) e os deputados Altineu Côrtes (PL-RJ), Delegado Ramagem (PL-RJ), Júlia Zanatta (PL-SC), Capitão Alberto Neto (PL-AM) e Gustavo Gayer (PL-GO).
Na capital americana, o grupo de parlamentares brasileiros foi recebido pelos republicanos Marjorie Greene e George Santos.
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