A oposição teceu críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela “autopromoção de imagem” em cadeia nacional de rádio e televisão. Na noite de segunda-feira 24, o petista anunciou o pagamento da poupança estudantil do programa Pé-de-Meia e a ampliação do Farmácia Popular.
Ao avaliarem o comunicado de Lula na noite anterior, os parlamentares citaram reportagem de Oeste sobre os anúncios quinzenais do petista em rede nacional. A oposição fala em “uso excessivo e inadequado dos meios de comunicação oficiais”.
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Para a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) é “inadmissível que o presidente utilize as cadeias nacionais de forma tão recorrente para autopromoção”. “Esses canais deveriam ser reservados para comunicados de real interesse da população brasileira, e não para alimentar a vaidade pessoal”, afirmou.
Sanderson (PL-RS) avaliou que a postura do petista de usar a cadeia nacional para “fins pessoais desrespeita os cidadãos” do país.
“Esse uso desvirtua a finalidade desses instrumentos”, declarou o deputado. “O presidente deveria focar em governar para o povo, em vez de promover sua própria imagem.”
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Na análise de Rodrigo Valadares (União-SE), a “repetição desses pronunciamentos evidencia uma tentativa de manipular a opinião pública”. “O governo precisa entender que propaganda não substitui ações concretas”, afirmou.
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) acrescentou: “O presidente está transformando um instrumento oficial em palanque pessoal. É essencial que haja responsabilidade e respeito no uso das cadeias nacionais, que devem servir ao interesse coletivo, e não a projetos pessoais”.
Os anúncios de Lula
No pronunciamento à nação, Lula disse que os estudantes que já concluíram o ensino médio podem sacar a poupança de R$ 1 mil do Pé-de-Meia. Ao todo, o valor recebido pode chegar a R$ 9,2 mil ao longo dos três anos do ensino médio. Devem ser contemplados cerca de 4 milhões de jovens.
O presidente também usou o momento em cadeia nacional para falar da ampliação do programa Farmácia Popular, que vai passar a oferecer 100% dos seus 41 medicamentos de graça.
Ao finalizar os anúncios, Lula declarou: “Depois de dois anos de reconstrução de um país que estava destruído, estamos trabalhando muito para trazer prosperidade para todo o Brasil, principalmente para quem mais precisa”.
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