Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgado no domingo 12 aponta que, em 2020, houve queda de 27 milhões de exames, cirurgias e outros procedimentos eletivos realizados pelo SUS, em comparação com 2019, antes da pandemia de covid-19.
Houve redução de pelo menos 16 milhões de exames diagnósticos, 8 milhões de procedimentos clínicos, 1,2 milhão de pequenas cirurgias e 210 mil transplantes. A pesquisa comparou o volume de atendimentos realizados entre março (primeiro mês da pandemia) e dezembro de 2020 com o mesmo período do ano anterior.
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Os principais motivos para a queda são: restrições de acesso aos hospitais, contingenciamento de leitos para o tratamento da covid-19 e medo de pacientes em procurar ajuda médica em função da pandemia.
O presidente do CFM, Mauro Ribeiro, destaca que o desafio agora é “preparar o Brasil para a retomada segura desses atendimentos”.
Mais afetados
Os procedimentos realizados por oftalmologistas, sobretudo consultas e exames de mapeamento de retina e aferição da pressão intraocular (tonometria), caíram de 18,5 milhões em 2019 (março a dezembro) para 12,2 milhões. Um déficit de pelo menos 6,3 milhões (-34%) entre os períodos analisados.
No ranking das áreas médicas mais acometidas, além da oftalmologia estão a radiologia, com redução de 5,4 milhões de procedimentos; a clínica médica (-2,8 milhões); e a radioterapia (-2,6 milhões).
Também figuram entre as dez áreas mais afetadas a anatomopatologia (-2 milhões); cardiologia (-992,6 mil); medicina laboratorial (-973,5 mil); citopatologia (698,7 mil), neurologia (-535,8 mil); e ginecologia e obstetrícia (-534,3 mil).
Estados
De acordo com o levantamento do CFM, a redução nos procedimentos ambulatoriais — aqueles que não exigem a permanência do paciente na unidade de saúde por mais de 24 horas — afetou todas as Regiões do país.
Em quantidade absoluta, o impacto foi mais significativo em São Paulo e Minas Gerais, com 5,7 milhões (redução de 24%) e 4 milhões (31%) a menos, respectivamente.
Em termos porcentuais, a diminuição mais sensível aconteceu em Alagoas e no Piauí, que aparecem com queda de 47% e 45%, respectivamente. Na contramão da tendência nacional, Distrito Federal e Amapá tiveram aumento no período: 65,6 mil (10%) e 28,7 mil (33%) procedimentos a mais.
Meu sonho é q esse país punisse rigorosamente gente como a gazela saltitante q Infelizmente gov o estado mais importante deste país. Este fdp passou quase 1 ano e meio falando pra ficar em casa e agora culpa o gov central por tudo, e adivinha, NINGUÉM FAZ ABSOLUTAMENTE NADA!