Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Federal (PF) iniciaram nesta quarta-feira, 3, uma operação contra esquema de propina que atuava de modo a baixar impostos de combustíveis da aviação no Distrito Federal (DF). Entre os alvos estão o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o ex-vice-governador do DF Tadeu Filippelli.
De acordo com a Justiça, os crimes ocorreram entre 2012 e 2014. Ambos teriam aprovado uma lei com a finalidade de reduzir o ICMS sobre o querosene, de 25% para 12%. Há indícios de que as empresas Gol e Latam pagaram R$ 4 milhões a Filippelli e R$ 10 milhões a Cunha. Agora, o Gaeco e a PF cumprem 20 mandados de busca e apreensão em quatro Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás.
Nota da defesa de Eduardo Cunha
“A operação de hoje é um retorno ao famigerado período das pirotecnias acusatórias. Não há dúvida de que se trata de algo fabricado politicamente, com o intuito de retaliar, de forma injusta, alguém que vem cumprindo rigorosamente todas as condições que lhe foram impostas pela Justiça ao conceder a prisão domiciliar. Não se buscou nem mesmo disfarçar tamanha ilegalidade. Os próprios investigadores confessam que os fatos, os quais não guardam qualquer relação com Eduardo Cunha, são antigos, não passam de 2014. A defesa do ex-deputado confia nas instâncias superiores do Poder Judiciário para corrigir tamanha ilegalidade.”
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