Em coletiva, o ex-ministro da Justiça alegou que houve tentativa de interferência na Polícia Federal. Presidente nega
O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, 24, a abertura de inquérito para apurar as declarações dadas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Entre as providências, o procurador-geral pede que Moro seja ouvido e preste depoimento.
MAIS: Podemos quer Moro candidato à Presidência da República pelo partido em 2022
Durante a coletiva em que anunciou sua saída do Ministério da Justiça,Moro alegou que houve tentativa de interferência na condução dos trabalhos da Polícia Federal. O presidente da República, Jair Bolsonaro, nega. “Cobrar uma posição da Polícia Federal sobre minha tentativa de assassinato é interferir na PF?”, disse Bolsonaro em pronunciamento. Moro deixou o cargo após não conseguir indicar o nome do substituto do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Valeixo foi exonerado nesta sexta-feira.
O pedido da PGR busca investigar supostos casos de crimes como “falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra”, nas palavras da Procuradoria-Geral da República. “A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, aponta o procurador-geral no pedido de inquérito.
“Indica-se, como diligência inicial, a oitiva de Sergio Fernando Moro, a fim de que apresente manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão. Uma vez instaurado o inquérito, e na certeza da diligência policial para o não perecimento de elementos probatórios, o procurador-geral da República reserva-se para acompanhar o apuratório e, se for o caso, oferecer denúncia”, conclui Augusto Aras no pedido.
Confira na íntegra o pedido da PGR ao Supremo
Com informações da Procuradoria-Geral da República
É dr Moro, Gilmar Mendes te espera.
Se esse imbróglio se deu por um fato que aconteceu na data de ONTEM, a decisão do Moro foi um tanto quanto precipitada e corre o risco de não conseguir provar de forma contundente.
Ele trucou. Bolsonaro respondeu. E, por fim, vamos ver o que vai dar.
Bolsonaro saiu de todas as outras crises mais forte. Se essa crise não “pará-lo”, lamento informar a oposição, mas esse cara só para na bala.
Agora o feitiço virou contra o feiticeiro. Se o Moro não provar as acusações, será processado por calúnia.
O pronunciamento do PBR foi bom, extremamente franco – espero sinceramente que, não obstante a turbulência, a Presidéncia consiga se sair maior do que os desejos derrotistas de seus oponentes.