O requerimento de urgência para votação do Projeto de Lei 2.858/2022, que concede anistia aos manifestantes presos em razão dos atos de 8 de janeiro de 2023, já reúne 206 assinaturas de deputados federais.
A proposta busca acelerar a análise do projeto e o levar diretamente ao plenário, sem passar pelas comissões temáticas. Ao todo, são necessários 257 votos — ou seja, faltam 51.
A bancada do Partido Liberal (PL), do qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é filiado, lidera o apoio, com 87 assinaturas, quase metade do total de parlamentares que endossaram o pedido. Também integra o partido o autor do requerimento de urgência, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
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Deputados da oposição argumentam que as prisões foram excessivas, politicamente motivadas e que muitos dos detidos são cidadãos comuns que estavam nas imediações dos protestos, sem envolvimento com atos de vandalismo. Eles defendem a anistia como um gesto de pacificação nacional e de respeito ao devido processo legal.
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O projeto de anistia ainda não tem data para votação. Caso o regime de urgência seja aprovado, o texto poderá ser votado a qualquer momento. Neste cenário, dependeria apenas da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Apoios por partido
- PL — 87 (de 92 deputados);
- PP — 28 (de 49);
- União Brasil — 26 (de 59);
- Republicanos — 17 (de 45);
- PSD — 16 (de 44);
- MDB — 14 (de 44);
- Podemos — 5 (de 15);
- Novo — 4 (de 4);
- PSDB — 4 (de 14);
- PRD — 2 (de 5);
- Avante — 2 (de 7); e
- Cidadania — 1 (de 4).
O que prevê o Projeto de Lei da Anistia
O Projeto de Lei nº 2858/2022, de autoria do então deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO), propõe conceder anistia a todos os cidadãos que tenham participado de manifestações em qualquer local do território nacional no período compreendido entre 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições presidenciais, e a data de entrada em vigor da futura lei.
O texto abrange manifestantes, caminhoneiros, empresários e demais envolvidos, seja fisicamente, por apoio logístico ou mesmo por declarações públicas, comentários e publicações em redes sociais ou outras plataformas na internet.
A anistia cobre crimes políticos, crimes conexos aos políticos e infrações eleitorais. A definição de crimes conexos, para fins da proposta, inclui quaisquer delitos relacionados a crimes políticos ou que tenham sido motivados por razões políticas.

A redação também deixa claro que o apoio às manifestações não se restringe à presença física: o financiamento, a organização, o incentivo, bem como a manifestação de opinião nas redes sociais, estão contemplados como formas de participação.
O escopo da anistia inclui manifestações ocorridas em rodovias de qualquer natureza — federais, estaduais, municipais ou vicinais — mesmo que tenham implicado bloqueios ou restrições ao trânsito. Ele também anistia condenações por litigância de má-fé em ações judiciais de natureza eleitoral relacionadas à eleição presidencial de 2022.
O projeto determina a anulação de todas as multas aplicadas pela Justiça Eleitoral ou Justiça Comum às pessoas físicas e jurídicas envolvidas nos atos descritos. O texto também abrange a revogação de quaisquer restrições de direitos impostas em decorrência das manifestações.
Isso inclui a proteção à liberdade de expressão, à imunidade parlamentar por opiniões e votos, e à liberdade de imprensa, independentemente do meio utilizado para a manifestação, seja em atos públicos, entrevistas, programas jornalísticos ou redes sociais.

A justificativa apresentada pelo autor defende que o projeto busca oferecer uma resposta política e jurídica à repressão sofrida por manifestantes que, segundo o então deputado, exerciam legitimamente seus direitos constitucionais de expressão e reunião.
Para Vitor Hugo, as manifestações não constituem ações antidemocráticas, mas sim atos espontâneos de cidadãos indignados com o processo eleitoral de 2022 e com a falta de abertura para o questionamento institucional. Ele afirma que setores da sociedade, como estudiosos, jornalistas e cidadãos comuns foram censurados ao tentarem expor suas opiniões.
Leia também: “Tribunal sob suspeita”, artigo de Silvio Navarro publicado na Edição 260 da Revista Oeste
Onde estão as bancadas do agro, evangélica, etc, etc?
Temos 513 deputados e 81 senadores para podermos usar uma regra de três simples e saber quantos covardes existem no Brasil, proporcionalmente a seus representantes, afinal, eles se escondem embaixo da mesa e os mandantes calam, permitindo e endossando a covardia. Ano que vem, em eleições gerais, reelegerão todos como bastiões da moralidade e honrados representantes do povo.
Os deputados e senadores são os responsáveis por todos os desmandos que vivemos; parlamentares covardes, vendidos a negociatas, tenham dignidade e decência, a Anistia é justiça para os que foram presos injustamente.
O STF tinha que ter individualizado a conduta, na realidade deveriam ser julgados na primeira Instância, mas para manter a farsa do golpe de estado que não existiu assumiram o controle, o Dino deu fim as imagens e tudo que já sabemos..
Entendo sua posição, mas analisando melhor, responsáveis somos nós que os elegemos.
O lamentável é decidir o óbvio por vias intimidadoras artificiais de pode alético …
Verdade.
PP-Ciro Nogueira, PODEMOS-Alvaro Dias, REPUBLICANOS-Bispo M Pereira.
Ainda estão aqui?
DEPUTADOS E SENADORES MINEIROS – SE NÃO ASSINAREM ESQUECE AS ELEIÇÕES
Cadê a bancada do agro? Cadê a bancada evangélica? Cadê a bancada da bala? Pelo visto, bancada mesmo, só a dos oportunistas.
As bancadas estão abancadas e refesteladas.
Na verdade, na verdade, os deputados federais deste país são responsáveis por todos os problemas que enfrentamos, seja por omissão ou conivência. Haja visto a votação que a eleição da câmara recebeu. 444 votos, oportunistas das mais variadas matizes.