O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, atendeu a um pedido de uma ala do Patriota pelo afastamento do comandante da legenda, Adilson Barroso. O dirigente é o principal entusiasta da possível filiação de Jair Bolsonaro, que vem discutindo com a sigla a possibilidade de concorrer à reeleição em 2022 pelo partido.
A ação foi apresentada ao TSE por uma corrente do Patriota que é contrária à chegada de Bolsonaro e acusa Barroso de ter violado o estatuto partidário ao tomar uma série de medidas. Cabe recurso da decisão.
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“Foram anuladas todas as atitudes dele, que nós chamamos de irregulares. Estão voltando todos os delegados [afastados pelo presidente]. Está afastando Adilson, e Ovasco Resende assume a presidência”, afirmou Jorcelino Braga, secretário-geral do Patriota, ao jornal O Estado de S. Paulo.
No fim de junho, em uma convenção nacional do Patriota, Barroso foi afastado por 90 dias do comando do partido, e Resende assumiu a função interinamente. Em entrevista ao programa Opinião no Ar, da RedeTV!, no dia 2 de junho, o então presidente do Patriota negou qualquer manobra e afirmou que esperava a filiação de Bolsonaro.
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“Não adianta dar golpe. Essa linha de trabalho eu nunca tive na minha vida. A gente faz aquilo que manda a lei, aquilo que manda o estatuto. Não só o Patriota, mas mais de dezenas de partidos têm a modalidade de colocar e tirar delegados na hora que quiser”, explicou. “Aconteceu de a gente trocar aquilo que manda o estatuto, que foi aprovado por unanimidade. […] O que prevalece é a lei e o que está no estatuto, que é soberano.”
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Segundo Barroso, o Patriota havia se tornado “um partido mais democrático”. “O partido deu direito para todos os presidentes estaduais de votarem nas convenções. Ampliamos o número de membros que votam nas convenções, para que o partido não fique naquilo: ‘é o partido do Adilson’’, afirmou. “É normal que alguém que não gosta muito de democracia ou de alguma linha política espernear. Mas é necessário que se obedeça o que foi aprovado.”
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