O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), criticou a exploração realizada pela empresa Braskem em uma mina instalada na cidade. Para o político, a mineração é “predadora” e “gananciosa”. A Defesa Civil do Estado emitiu um alerta máximo para o bairro Mutange, onde é localizada a mina.
Em entrevista à GloboNews, na tarde desta sexta-feira, 1º, o prefeito disse que a empresa gerou danos materiais e sociais ao município. “Estamos vivendo em Maceió desde 2018 uma dor crônica que está sempre presente”, comentou Caldas. “Fica nos assombrando e trazendo para todos nós um desafio que vai para além das nossas capacidades.”
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Em suas redes sociais, o prefeito parabenizou a Justiça Federal, que atendeu à solicitação do Ministério Público Federal, por determinar que a Braskem realoque famílias do Bom Parto — região próxima a mina que pode ser afetada.
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Ele também cobrou da empresa uma solução para as famílias que tiveram de sair de suas residências. “É preciso novas moradias e que a Braskem seja responsabilizada”, disse o prefeito.
A empresa não comentou a fala do prefeito.
Mina pode colapsar a qualquer momento
A mina da petroquímica Braskem, localizada na Lagoa Mundaú, poderá colapsar a qualquer momento. De acordo com as autoridades locais, as consequências são imprevisíveis. O alerta máximo foi emitido pela Defesa Civil nesta quinta-feira, 30. A área em risco já foi evacuada.
Segundo os técnicos da Defesa Civil, o desabamento da mina poderá formar grandes crateras na região, além de provocar um “efeito cascata” em outras minas.
O coordenador-geral da Defesa Civil do Estado de Alagoas, coronel Moisés Melo, informou que não é possível medir as consequências do colapso da mina, porque a região está diante diante de algo que nunca enfrentou. “Não sabemos a intensidade, mas é certo que grande parte da cidade irá sentir”, afirmou.