Luciane Barbosa Farias, a “Dama do Tráfico”, é membro do Comitê de Prevenção e Combate à Tortura no Amazonas (CEPCT-AM). Natividade Maia, presidente interina do comitê, disse à CNN que não sabia que Luciane era casada com o líder do Comando Vermelho no AM.
Ela explicou, ainda, que Luciane era representante da sociedade civil no referido comitê. Sua escolha se deu por processo eleitoral.
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De acordo com Natividade, a Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA) apresentou, na ocasião, uma certidão criminal negativa de Luciane. O documento era necessário para a candidatura.
“Conheci a dona Luciane no dia 5 de novembro, no dia da viagem”, disse Natividade, que é advogada. “Mas isso é absolutamente irrelevante, porque o decreto 37.178/2016 não pede que pessoas que vão participar, os representantes da sociedade civil, não sejam casadas com fulano.”
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Luciane esteve em Brasília nos dias 6 e 7 de novembro para participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura. Todos os participantes tiveram as passagens custeadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH).
A pasta, cujo titular é o ministro Silvio Almeida, declarou que o comitê do AM indicou Luciane como representante. Essa seria a razão de sua participação no fórum.
Não nos representa
O governo estadual procurou isentar-se. Também à CNN, afirmou que Luciane não tinha legitimidade para participar do encontro, representando o Amazonas.
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Em suas viagens a Brasília, a “Dama do Tráfico” encontrou-se com dois secretários do Ministério da Justiça e uma coordenadora do MDH. Ela também conversou e tirou fotos com deputados.