A partir desta quarta-feira, 3, o presidente da Câmara de Votorantim (SP), Thiago Schiming (PSDB), ficará afastado de suas funções por 60 dias. Ele é investigado por quebra de decoro na apuração do caso de estupro contra a prefeita da cidade, Fabíola Alves (PSDB).
O relatório final da Comissão de Ética Parlamentar recomendou o afastamento de Schiming por violações éticas, com suspensão salarial proporcional. O vice-presidente, Cirineu Barbosa (PMN), assumirá a presidência da Câmara.
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O documento apresentado pelo relator, Rogério Lima (Progressistas), recebeu cinco votos favoráveis, dos vereadores Zelão (PT), Pastor Lilo (União Brasil), Ita (Cidadania), Rogério Lima e Robson Vasco (PSDB).
Apenas Mauro dos Materiais (PTB) e Cirineu Barbosa (PMN) votaram contra. Luciano Silva (Podemos) não compareceu à sessão.
A comissão já havia decidido pelo afastamento de Thiago Schiming da função de presidente do Legislativo em dezembro do ano passado. Posteriormente, a decisão foi revertida na Justiça.
Entenda o caso de estupro contra a prefeita
Em dezembro de 2023, Fabíola Alves denunciou Thiago Schiming (PSDB) e acusou o parlamentar de estupro.
Segundo a prefeita, o vereador teria forçado um beijo enquanto esteve no gabinete dela, em 12 de junho, data em que os dois, coincidentemente, comemoram aniversário. A denúncia só foi realizada nesta quinta-feira, 7. De acordo com as informações, eles eram amigos desde a adolescência.
Em uma entrevista à TV Tem, afiliada da Rede Globo em Sorocaba (SP), Fabíola afirma que estava em seu gabinete quando Thiago tentou beijá-la à força três vezes. De acordo com o relato, junto do presidente da Câmara Municipal havia mais dois vereadores que o acompanhavam para parabenizar a prefeita: Cirineu Barbosa (PMN) e Cesar Silva (Cidadania).
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Ainda de acordo com Fabíola, depois de entregar à prefeita um cartão e uma caixa de chocolates, os três se retiraram do gabinete. No entanto, apenas Schiming teria retornado ao local. Em seguida, ainda de acordo com a prefeita, encostou a porta e começou com as investidas.
Ainda segundo o relato, na terceira tentativa forçada de Schiming, a qual Fabíola negou, a prefeita logo acionou um botão da porta do gabinete. Isso afastou o vereador, que pediu “calma” e saiu “bem nervoso” do local. Na época, o presidente da Câmara negou as acusações.
O caso de denúncia só ocorreu seis meses depois do fato, porque, segundo a prefeita, havia um processo de cassação na Câmara Municipal contra ela.
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E ainda dizem, que querem criminalizar a política.
Será que os criminosos entraram de vez na política?