Os corredores da Câmara estão lotados de profissionais da enfermagem que cobram que os deputados aprovem o piso salarial da categoria. O projeto que estabelece o piso nacional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras é votado hoje.
Conforme a proposta, o valor mínimo inicial para os enfermeiros será de R$ 4.750, a ser pago pelos serviços de saúde públicos e privados. O texto já foi aprovado pelo Senado e, caso seja alterado pela Câmara, retornará para análise dos senadores. A proposta tem apoio da maioria dos parlamentares, que desde a manhã se mobilizam pela votação.
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Em relação à remuneração mínima dos demais profissionais, o projeto fixa a seguinte gradação: 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% do piso nacional dos enfermeiros para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
Em sessão solene em homenagem à semana brasileira da enfermagem, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), leu um discurso do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em que ele destacou a importância destes profissionais na batalha contra a covid-19. Segundo ele, a dedicação da enfermagem foi essencial para evitar que o colapso fosse ainda maior.
Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Confen), são mais de 2,6 milhões de trabalhadores ativos no Brasil nos quatro segmentos da enfermagem, sendo 642 mil enfermeiros, 1,5 milhão de técnicos, 440 mil auxiliares e 440 parteiras. A entidade alerta que o profissional pode ter registro em mais de um segmento.
No início da análise da proposta, o líder do partido Novo, Tiago Mitraud, solicitou a retirada de pauta do projeto, o que não foi acatado. Ele afirmou que a proposta é eleitoreira e tem alto impacto orçamentário. O deputado foi vaiado pelos profissionais de saúde que acompanham a votação nas galerias do Plenário.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), repreendeu as vaias. “Faz muito tempo que esta Casa não recebe honrosas presenças do público do povo do Brasil, nós devemos muito à enfermagem e ao setor de medicina pelo combate à pandemia, mas é preciso ter respeito por quem pensa diferente”, disse Lira.
O líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que a criação do piso é um grande desafio para os cofres públicos e que o governo está empenhado em buscar fontes de financiamento. “São R$ 16 bilhões que estão aguardando a fonte de recursos e nós estamos trabalhando demoradamente e insistentemente na busca de recursos para garantir que as conquistas sejam efetivas”, disse.
Fui atendido num curto espaço de tempo em 2022 em dois hospitais e digo que a enfermagem e os outros profissionais semelhantes merecem um salário melhor. Só não sei se será possível por causa dos orçamentos. Parabéns a todos eles pelo trabalho exercido.
O direito desses profissionais é “cancelado” por políticos que não cancelam seus aumentos desavergonhados, verdadeiros assaltos ao erário público. Além de salários extratosféricos, a politicada ainda tem mais a distribuição gratuita de fundão eleitoral e fundão partidário.
Como pode o mesmo salário p enfermeiro em São Paulo e alguma outra cidade do nordeste ou no interior do País .salário tem que ser individualizado p cada região ou estado . Não foi assim c covid!! Cada município fazia o que queria . E às outros profissionais da saúde que trabalharam também na linha de frente do covid como fica!!ecomo os hospitais e até hospitais filantrópicos vão pagar conta QUEM VAI PAGAR a conta. Os enfermeiros merecem sim, mas a conta fica p quem p o fundão eleitoral!!!