Extraí uma curta reflexão sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de responsabilizar as plataformas digitais por veiculação de conteúdo tido como ilícito.
Se você ficou desacordado nos últimos dias, saiba que caberá às plataformas identificar e remover conteúdos “notoriamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinjam a integridade do processo eleitoral”. Elas deverão fazer isso ainda que não haja decisão judicial determinando a remoção.
Leia também: A institucionalização da censura pelo TSE, reportagem publicada na Edição 207 da Revista Oeste.
A decisão do TSE vai de encontro ao artigo 19 do Marco Civil da Internet, que virou terra arrasada. Na prática, o TSE não apenas estabeleceu a censura prévia no Brasil, como a privatizou. Serão as big techs a decidir o que será mantido no ar ou não.
Como sempre digo, o diabo mora nos advérbios. No caso, são esses “notoriamente” e “gravemente”. O que isso quer dizer?
Na campanha eleitoral de 2022, por exemplo, o TSE proibiu que se associasse Lula às ditaduras de Venezuela, Cuba e Nicarágua e que se dissesse que “o PT de Lula e Dilma já roubou demais”. Não parecem ser afirmações “notoriamente inverídicas ou gravemente descontextualizadas”.
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O que vai acontecer é que as plataformas diante de questões adverbiais vagas serão substantivamente assertivas na retirada do ar de qualquer conteúdo que considerem ameaçador. Mesmo os verdadeiros, porque o TSE parece ser o reino da subjetividade.
A minha curta reflexão, contudo, é sobre outro ponto. Para além do autoritarismo, há certo messianismo nos protagonistas dessa cruzada contra fake news e discursos de ódio.
É como se fosse possível asseptizar a sociedade humana do que há de ruim ou simplesmente estúpido nela — e que compõem inextricavelmente a nossa própria humanidade.
Os messiânicos deveriam perguntar-se até que ponto eles não mentem para si próprios ao acreditar que são movidos apenas pelo amor à verdade e pelo desinteresse, na sua cruzada por uma assepsia social que seria o final da história.
Talvez a resposta os leve a abandonar o messianismo e adotar como lembrete este comentário de Flaubert:
“A estupidez consiste em querer concluir. O furor de querer concluir é uma das manias mais fatais e estéreis dos homens. Cada religião e cada filosofia afirmaram ter Deus, medir o infinito e conhecer a receita da felicidade. Que orgulho e que nada! Vejo, pelo contrário, que os maiores gênios e as maiores obras nunca concluíram”.
Leia também: Lula deveria ser persona non grata também no Brasil
O conluio entre STE e STF não parece ser somente do reino da subjetividade, como também da ambiguidade.
MArio Sabino foi o primeiro jornalista a ser ^previamente^ censurado por esta horda de messianicos do TSE. Parabens mais uma vez pleo excelente artigo primordialmente conclusivo, kkk
Qundo é que o Brasil irá respirar ar puro ?
No momento só respira o odor fétido do STF e TSE.
Tigres de papel.
O povo na Paulista foi o “ensaio geral”.
Vão correr como ratos.
Porque eles são dementes querem que todos sejam dementes. Mentais decrépitos, doentes.
Urnas 22 fraudadas, é isso que não querem que repassemos.
A tirania do TSE.
Os candidatos deveriam dar uma resposta inteligente à ditadura da toga apenas com o dizer o seu nome, assim como fazia Enéias
Os candidatos deveriam dar uma resposta inteligente à ditadura da toga apenas com o dizer o seu nome, assim como fazia Enéias
A VERDADE É IMPARÁVEL !
Não existe e nunca existirá uma fake news, que tenha o mesmo poder destruidor, do que as verdades sobre o partido das trevas !
Onde essas verdades estão estampadas ?
Nas matérias dos jornais, no diário oficial, nos próprios perfis dos candidatos da esquerda nas redes sociais.
Nesta eleição, a nossa senhora do print, surgirá contando verdades que são piores do que fake news!
A primeira ?
O TSE já provou que foi parcial e que perdeu a imparcialidade, está feio demais ! A paridade das armas nas eleições está comprometida, o estado não pode ser um partido, NÃO RECEBE VOTOS apenas segue a LEI .
Tentar apagar o passado e reescrever a história é GOLPISMO.
Os embates serão inevitáveis e a verdade vencerá a mentira !
A covardia por terem o poder. Quando se disporem deles só serão lembrados como perseguidores do fim das liberdades.