A comissão especial que trata sobre a privatização da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo produziu um relatório que apoia a venda da estatal. O documento será apresentado aos vereadores nesta quinta-feira, 21. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
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De acordo com os vereadores, a venda da Sabesp deve fortalecer a empresa. Além disso, vai assegurar a “universalização do serviço de saneamento básico”.
A comissão, que tem como relator o vereador Rubinho Nunes (União), cita uma série de expectativas positivas com a venda da estatal. Conforme o relatório, cerca de 395 mil domicílios serão integrados à rede de esgoto até 2029.
Relatório mostra que a privatização da Sabesp vai trazer acesso à água tratada a 332 mil domicílios
Além do mais, 332 mil domicílios deverão ter acesso à água tratada, com a venda de ações planejadas pelo governo do Estado.
O documento também cita os problemas de concessão de energia à empresa Enel como alerta. No entanto, diz que a privatização da Sabesp terá efeito diferente.
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Nesse caso, segundo o relatório, o saneamento seria mais resiliente que a energia, já que a rede de distribuição é subterrânea e há possibilidade de armazenamento em caixas-d’água.
Depois da privatização, o documento dos vereadores propõe que o contrato da prefeitura com a Sabesp deverá incluir investimentos em áreas de mananciais.
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Ademais, serão construídas 31 mil casas nas proximidades das represas Billings e Guarapiranga — um dos maiores e mais importantes reservatórios de água da Região Metropolitana de São Paulo.
O texto também estima que o Estado terá mil internações a menos por ano com a privatização. Esse número estaria relacionado aos casos de doenças gastrointestinais causadas pela falta de acesso à água limpa.
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